é muito comum quando pensamos em iniciar a prática de uma atividade física, sentirmos uma certa dose de resistência, algum estresse e, muitas vezes, repulsa por esta mudança de comportamento. é aí que muita gente desiste. E você sabe por que isso ocorre? Como nos explica o personal e coaching Giulliano Esperança, esse desânimo ocorre por causa da amígdala cerebral. Ela é responsável pela manutenção da rotina, pela repetição dos hábitos e por assegurar que você não mude.
Ainda segundo Giulliano, esse mecanismo primitivo foi importante há 10 mil anos, quando a oferta alimentar era escassa e ter um comportamento de poupar energia era um diferencial para a sobrevivência, ou seja, é uma PROGRAMAÇÃO para evitar o estresse, a dor, defender-se de incertezas, resistir às mudanças, gerando a rotina. A amígdala cerebral emite constantemente sinais de que se não há mudanças não há preocupações.
Porém, sabemos que hoje a realidade é muito diferente, temos uma oferta alimentar imensurável e muito estresse, uma somatória perfeita para que a amígdala cerebral envie mais sinais de repulsa a mudanças. Por isso, é muito comum ouvirmos de indivíduos sedentários crenças limitantes como “eu já estou cansado de tanto trabalhar e se eu treinar ficarei ainda mais cansado”, um erro de comportamento comum induzido por nosso sistema cerebral mais primitivo.
Uma falha de conduta que devemos fazer de tudo para evitar. Afinal conhece a expressão ‘if you don’t use it, you lose it’ (se você não usa, você perde)? Pois é, segundo um estudo publicado pela Universidade de Edimburgo (Escócia), os adultos com mais de 70 que praticam exercícios físicos regulares (pelo menos três vezes por semana) desde os 40 anos tem uma menor incidência de demência.
Como nos alerta médico Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva, longevidade e medicina do esporte, com o passar dos anos o nosso corpo passa por transformações que fazem com que os efeitos do envelhecimento cerebral sejam sentidos de forma mais intensa, como a perda de volume cerebral (e que pode estar relacionada com casos de demência).
O exercício regular parece auxiliar por três razões:1) aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, estimulando-o e abastecendo-o com oxigênio e nutrientes, além de auxiliar na ‘coleta e retirada’ de toxinas ligadas à doenças.
2) serve como estímulo hormonal, pois hoje sabemos que com os exercícios e que níveis adequados, preservam neurônios e memória.
3) mantém ‘a cabeça ocupada’, e funciona até melhor que as famosas palavras-cruzadas. Lembram de outra frase famosa…
Para o especialta Fábio, o sedentarismo é o novo tabagismo – além de matar, nos tira a nossa humanidade: nossa capacidade de pensar, sentir, se correlacionar e se emocionar.
Superar a barreira do sedentarismo fica mais fácil quando lembramos que nossa resistencia, preguiça é só a amígdala cerebral, quer evitar dor e sofrimento.
Portanto, faça –se as seguintes perguntas:- Você continuar sedentário, com hábitos que não geram saúde?- Qual será a sua realidade daqui há cinco, dez ou até mesmo 20 anos?- Como estará vivendo?- O que você perderá sendo sedentário?Estas questões são as chaves para a mudança, juntamente com a prática de atividade física, afinal, todos queremos ter longevidade e qualidade de vida conclui Giulliano.
Dê um banho de suor em sua vida, em sua mente; sua qualidade de vida, seu sono e sua produtividade logo mudarão. Domine os seus impulsos primitivos e faça uma imagem mental de como estará a sua vida em dez anos se você adotar, agora, hábitos promotores de saúde e longevidade.