1 – Não, a série não é uma produção da Netflix
La Casa de Papel foi criada por Álex Pina para o canal a cabo espanhol Antena 3, e estreou em maio de 2017. A Netflix adquiriu os direitos de exibição e a produção entrou para o catálogo do serviço de streaming em dezembro do ano passado, mas com uma pequena modificação: os episódios foram reeditados.
Os 15 capítulos originais, com mais de uma hora de duração cada, foram transformados em episódios menores, com aproximadamente 50 minutos. A primeira parte da série, que tinha 9 episódios, passou a ter 13 com o formato criado pela Netflix. A nova leva, que estreia nesta sexta, adapta os seis restantes em outros 9.
2 – A série fez mais sucesso fora da Espanha do que lá dentro
Graças ao streaming, La Casa de Papel atravessou as fronteiras espanholas e se tornou um sucesso no resto do mundo. Por lá, a audiência foi boa (mais de 1,1 milhão de pessoas acompanharam o final da trama) e a série chegou a ser indicada para alguns prêmios. Mas o êxito em países como França, Argentina e, claro, Brasil fez com que ela permanecesse por cinco semanas como a série mais maratonada no ranking do aplicativo TV Time.
3 – A Casa da Moeda da série é uma mistura de três edifícios
Peça central na trama, o local faz referência à Fábrica Nacional de Moneda y Timbre – Real Casa de la Moneda, organização responsável pela emissão de dinheiro na Espanha. Só que o espaço que aparece na série não é a sede do órgão, em Madri. Ao invés disso, graças à magia da TV, três locações diferentes compõem o ambiente da série.
A fachada da Casa da Moeda fictícia é a do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), localizado na capital espanhola. Já para o galpão onde o dinheiro é produzido, foram utilizadas as prensas do jornal ABC, também em Madri (as notas que aparecem na série, inclusive, eram impressas no papel do periódico). Por fim, as outras partes foram gravadas em uma locação nos arredores da cidade.
4 – Você já reparou na quantidade de elementos vermelhos?
Não é só o macacão dos personagens: desde a primeira cena da série, a cor aparece em diversos momentos, como em outras peças de roupa, placas e objetos ( o telefone usado pelos assaltantes, por exemplo). De acordo com o diretor de fotografia do programa, Migue Amoedo, o vermelho traz força e intensidade, algo que o criador, Álex Pina, queria passar para o espectador.
5 – Os nomes de alguns personagens foram trocados da ideia original
Uma das coisas mais legais da série são os nomes de cidade que cada um dos assaltantes recebeu, parecido com o que ocorre em Cães de Aluguel, primeiro filme de Quentin Tarantino, no qual cada membro da gangue é chamado por uma cor diferente. Na primeira versão da história, Oslo, Nairóbi e Moscou se chamariam Valência, Chernobil e Camarões. Os nomes mudaram, mas não foram descartados: eles viraram os códigos para os planos do grupo.
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‘La Casa de Papel’ terá 3ª parte em 2019 – Netflix anunciou nesta quarta (18) que trama espanhola ganhará novos episódios.
A terceira parte estreia em 2019. Um vídeo divulgado pelo serviço de streaming em suas páginas oficiais brasileiras mostra parte do elenco da série dizendo que “o maior assalto da história ainda não terminou”.
Ainda tem muito Bella Ciao pra cantar. #LaCasaDePapel continua. pic.twitter.com/tjneG7JZt3
— Netflix Brasil (@NetflixBrasil) 18 de abril de 2018
“Ainda tem muito Bella Ciao pra cantar”, disse a plataforma, citando a canção que embala cenas de “La Casa de Papel”. No Brasil, a trilha ficou entre as mais ouvidas do Spotify e a série ganhou vaga na lista de mais vistas da Netflix.