Quando o assunto é preparar um bom churrasco, não faltam assadores para dar palpite: o corte, o tipo de espeto, o jeito de iniciar o fogo, e até as bebidas e acompanhamentos possuem segredinhos típicos de quem pilota a churrasqueira em casa. Mas o que tem a dizer um especialista?

Foto: Divulgação / Tudo & TodasPicanha é um dos cortes mais tradicionais para o preparo de um churrasco
Picanha é um dos cortes mais tradicionais para o preparo de um churrasco

Abaixo, acompanhe sete dicas de quem sabe tudo sobre esse prato típico do Sul do Brasil:

1. Corte da carne

Segundo o coordenador do curso de Gastronomia da Universidade de Santa Cruz do Sul, o professor Roberto do Nascimento e Silva, um bom churrasco começa com a escolha do corte de carne. Portanto, na lista dos tipos mais adequados, entram costela, picanha, vazio, alcatra, maminha, chuleta, entrecot, tatu, capa coxão de dentro e costela minga desossada.

2. Tempero

Para temperar, Silva avisa que a opção é pelo básico: “Deve-se usar sal grosso à gosto”, ensina.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasA carne de churrasco recebe apenas o sal grosso como tempero
A carne de churrasco recebe apenas o sal grosso como tempero

3. Espetos

Na hora de escolher os espetos, o professor Roberto explica que podem ser simples ou duplos, feitos em materiais como o inox e o alumínio; ou então, grelhas feitas destes mesmos materiais ou ferro.

4. O fogo

O fogo também precisa ser feito com itens específicos: “Madeira, desde que não tóxica, que esteja seca e, muito importante, cultivada de reflorestamento. Ou então, carvão proveniente de Acácia Negra”, diz Silva.

O controle do fogo, aliás, é apontado como o maior segredo para o preparo de um bom churrasco. Formado no curso Tecnólogo em Gastronomia, o chef churrasqueiro Rafael Kreling explica que o correto é sempre deixar o carvão ou lenha queimar até virar brasa. “Com um braseiro parelho, a carne assa de forma uniforme. Desse jeito, não fica mal assada e nem queima”, explica.

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Por carne ‘ao ponto’, entende-se o estado em que a pessoa corta a carne ao meio e as bordas estão levemente tostadas e o centro está bem rosado

5. O ponto da carne

O ponto da carne é outra dúvida frequente. Rafael explica que esse quesito varia conforme o gosto de cada pessoa, no entanto, é possível enumerar o ponto ideal para cada corte. “Uma picanha, por exemplo, perde todo o seu sabor se for bem passada; o ponto ideal varia entre o mal passado e ao ponto. Já uma costela, tem que ser ao ponto, ou no máximo, ao ponto para bem passada”, ensina. Vale lembrar que ‘ao ponto’ entende-se quando a pessoa corta a carne ao meio e as bordas estão um levemente tostadas e o centro está bem rosado.

6. Acompanhamentos

Embora cada família tenha suas preferências, existem alguns pratos que acompanham melhor o churrasco. Segundo o professor Roberto do Nascimento e Silva, entre os carboidratos, estão o tradicional arroz branco, a mandioca cozida, batatas pré-cozidas e assadas na brasa, ‘salada de maionese’ e pães recheados (com alho e queijo, manteiga, molhos de base cremosa, entre outros), assim como farofas. Entre os vegetais, o profissional sugere legumes grelhados, assim como uma salada mista (com mini milho, ovo de codorna, brócolis, tomate cereja, vagem e azeitonas pretas).

Para harmonizar com este prato típico, o docente cita ainda bebidas como caipirinhas, cervejas artesanais e sucos de frutas.

7. Toque gaúcho

Formado em Gastronomia, o chef gaúcho, mas que reside na Bahia, Carlos Ariel Schwaickhardt, comenta que os gaúchos sabem bem que o sabor inigualável do alimento típico do estado se ressalta ainda mais, quando acompanhado de um bom chimarrão.

“Seguindo essas dicas, é só reunir boas companhias e aproveitar esse momento tão especial”, resume.