A chegada de um bebê na família marca o início de um novo ciclo, e com certeza muda por completo a vida do casal, que passam a ser chamados de pais e assumem novas experiências e responsabilidades. Mesmo sendo um momento único, cercado de muitas energias positivas, também é uma fase de inseguranças, principalmente para a mãe, que fica na dúvida se adbica de certos compromissos para dedicar-se ao filho.
Algumas vezes, a carreira profissional fica ameaçada, seja pelo acúmulo de afazeres, ou até mesmo, pela opção de abandonar a profissão para investir na vida pessoal. O fato é que para grande parte das mulheres, a maternidade e vida profissional, muitas vezes, não cabem no mesmo momento e aí é chegada a hora de se afastar, seja por pouco ou muito tempo.
Mesmo com a evolução do mercado de trabalho nos dias atuais, que oportuniza mecanismos para que as mulheres desempenham harmonicamente os dois papéis, muitas ainda passsam por dificuldades para conciliar seus compromissos e acabam ‘abrindo mão’ do trabalho. Foi o que apontou pesquisa realizada pela Catho (empresa de internet que funciona como um classificado on line de currículos) com 13.161 respondentes. O levantamento concluiu que 28% das mulheres saíram do emprego após a chegada dos filhos, versus 5% dos homens.
Esta é uma realidade comum, que atinge muitas mães, porém se deixar o emprego já uma decisão importante, a retomada ao mercado de trabalho, pode ser ainda mais complicada. De acordo com a pesquisa, enquanto a maioria dos homens retomam a carreira em menos de seis meses, o retorno profissional das mulheres é distribuído ao longo dos anos. As mulheres se sentem mais inseguras de deixarem os filhos pequenos com outros responsáveis e acabam priorizando a vida pessoal.
Saiba como conciliar a vida profissional e pessoal
1- Ao saber da gestação, comunique seu superior o quanto antes, para que juntos possam organizar os projetos em que você está atuando e planejar sua substituição na licença maternidade.
2- Verifique com o seu médico se a sua função atual oferece algum risco para a gestação. Em alguns casos é necessário que a empresa redefina suas atividades para o bem do bebê.
3- Sempre que possível marque seus exames e consultas em horários que tenham um menor impacto na sua rotina, como pela manhã, próximo ao horário de almoço ou no final da tarde.
4- Não descuide da aparência. Mantenha sempre o seu visual adequado ao perfil da empresa em que trabalha. Muitas lojas trabalham com linhas de roupas especiais para gestante nos mais variados preços, oferecendo boas opções para o trabalho.
5- Principalmente na reta final da gestação, é comum que o médico solicite repouso por um ou mais dias, então procure não deixar muitas pendências para o dia seguinte, já que você nunca sabe se estará lá para resolvê-las.
6- Deixe a pessoa que vai te substituir muito bem treinada e a par de todos os seus projetos.
7- Seja clara com o seu superior sobre a sua intenção de permanecer no trabalho após a licença maternidade.
Cuidados importantes após retornar da maternidade
Há várias maneiras para que o seu filho fique bem cuidado na sua ausência.Ele pode ficar na escolinha, com uma babá um ou parente, mas é sempre importante ter um plano B para casos de emergência. Para que você consiga dar o melhor de si no trabalho é importante ter a certeza de que seu filho está sendo bem cuidado e que haverá alguém para olhá-lo, caso haja algum imprevisto com o cuidador principal.Para não perder o foco no trabalho, agende as consultas do seu filho em horários que não impactem tanto a rotina. A amamentação também não é um empecilho, informe-se sobre formas de retirar e armazenar o leite, isso é possível e existem diversos sites e blogs que fornecem ricas informações sobre o assunto.Também é fundamental manter-se informada sobre os assuntos da sua área, encontre sempre um tempo para estudar. Maternidade não é sinônimo de estagnação profissional.O mais importante, e mais difícil: tente não se sentir culpada. Voltar ao trabalho pode ter sido uma opção ou uma necessidade, mas com certeza foi uma decisão tomada pensando no que é melhor para a sua família. Não tente ser uma mãe perfeita, mas sim a melhor mãe que seu filho pode ter.
Mercado de trabalho para mulheres
Apesar da grande maioria das mulheres fazerem esta escolha, segundo pesquisa da Catho sobre a participação da mulher em cargos de gestão, houve melhora na distribuição feminina entre diferentes cargos, porém as desigualdades permanecem. Conforme dados da pesquisa, em 2011, 54,99% das vagas de encarregado eram destinadas às mulheres; em 2017, esse número saltou para R$ 61,57%. Subindo um pouco, nota-se que em 2011, 22,91% dos cargos de presidente eram ocupados por mulheres; em 2017, esse número passou a ser de 25,85%. E quanto mais o cargo evolui, menor é a presença feminina.
