
Junho encerrou com um acontecimento histórico para o mundo da dança e, sobretudo, das dançarinas negras. No dia 30, o American Ballet Theater divulgou que Misty Copeland agora faz parte do seleto grupo de bailarinos no topo da companhia. Isso faz dela a primeira mulher negra a ganhar o posto principal, em seus 75 anos de história. Atualmente ela é a única no mundo do ballet clássico.
Misty tem 32 anos e enfrentou muitas barreiras até chegar a este patamar. Hoje ela é uma dançarinas norte-americanas mais populares. Em 2015, ela está presente em espetáculos como Lago dos Cisnes e Romeu e Julieta.

LUTA
Segundo declarações à imprensa, Misty sofreu com diversos tipos de preconceito. Ela iniciou no ballet aos 13 anos e, para muitos, já era estava velha para isso. Seu corpo não é o esteriótipo de bailarina clássica tradicional: ela tem um corpo definido, com músculos firmes, demonstrando sua força e personalidade.
Mas a cor negra ainda era um dos pontos que mais a afastavam do topo. Ao perceber que era alvo de preconceito, ela colocou como um objetivo de vida ser a primeira negra a fazer parte do alto ballet nos EUA. Inclusive realizou campanhas publicitárias para reforçar a força das bailarinas negras na dança clássica.
Mas a cor negra ainda era um dos pontos que mais a afastavam do topo. Agora ela alcançou o objetivo de vida: ser a primeira negra a fazer parte do alto ballet nos EUA.

Misty também realizou e participou de campanhas publicitárias para reforçar a força das bailarinas negras na dança clássica.


Quando soube da notícia, fiquei muito feliz. Feliz por Misty, pelas mulheres e pela minha cor. A vitória dela também é nossa na luta pelo Respeito
Chamem de orgulho, chamem do que quiser. Sou mulher, sou negra. Sei das dificuldades que o negro tem em chegar a posições de destaque em um mundo que historicamente é racista e preconceituoso. E não só com negros, mas com tudo o que é diferente.