Onde estamos
Completamos a primeira semana em London, cidade localizada há aproximadamente duas horas de Toronto, na província de Ontário. Com forte apelo cultural e ecológico, o local se destaca pelo número de festivais e pela oferta de atividades ao ar livre. Entre os destaques, estão áreas de conservação ambiental abertas para o público e os mais de 330 km de ciclovias, o que torna a cidade referência ciclismo urbano. Outro fato impactante, é o número de bibliotecas. Com 380 mil habitantes, London tem 16 bibliotecas públicas, sem contar universidades e escolas. Nas próximas edições, falarei mais sobre essas iniciativas.
Venâncio-airenses no Canadá: Ezequiel Kaufmann
Estudar inglês e viver uma experiência de estudo no exterior sempre esteve nos planos de Ezequiel Kaufmann, 22 anos. Estudante de Engenharia da Produção na Universidade de Santa Cruz do Sul, o jovem tinha como objetivo finalizar a graduação com uma experiência acadêmica em outro país, o que aconteceu no fim do último ano. Com o auxílio da Assessoria para Assuntos Internacionais da Unisc, o acadêmico foi selecionado para cursar três meses de aulas na Concordia University of Edmonton, na província de Alberta.
Como ocorriam as aulas na universidade?A maioria das aulas ocorriam durante o dia, e poucos eram os estudantes que trabalhavam. Antes de focar na vida profissional, as pessoas vão para a universidade, ou trabalham meio turno. O próprio método de ensino, que exige uma preparação maior para cada aula, faz com que o estudante precise de um tempo maior disponível para se dedicar à universidade.Outro ponto que posso destacar é o planejamento e o controle do tempo nas aulas. Os professores reservavam um tempo para a explanação da matéria, tempo para discussão do assunto com a turma, e tempo para fazer as tarefas, quando precisavam ser feitas em aula. Todas as aulas eram muito bem planejadas e o aproveitamento do tempo era impressionante. Isso, somado ao tempo de duração menor, tornava a aula menos cansativas, pois era necessário focar na matéria durante 50 min/1h15min, e fazer as demais tarefas e preparação em casa.
Como era a vida no campus?Morei no dormitório da universidade, onde conheci estudantes de vários países. Foi uma experiência fantástica, pois as amizades que fiz lá, com certeza, foi o que mais marcou. Até hoje mantenho o contato com os amigos que fiz durante o intercâmbio. Conheci diversas culturas, e pude compartilhar a nossa. O chimarrão sempre causava curiosidade; apesar de achar estranho, não foram poucos os colegas que experimentaram e até participavam da ‘roda de mate’. A convivência com pessoas de outras culturas nos faz aprender muito, justamente devido às diferenças, como religiões e costumes, e a própria troca de conhecimento sobre os países.

Estou estagiando em uma empresa do ramo do tabaco há três meses e noto que o inglês é realmente um diferencial para o crescimento profissional, tanto que já tive contato com colegas de outros países. Existem muitas outras competências que vão sendo desenvolvidas ao longo da trajetória, mas o inglês é uma das imprescindíveis. É sempre válido compartilhar o conhecimento adquirido, e o meu conselho a todos os colegas e amigos é sempre o mesmo: estudem uma segunda língua e, se possível, viajem antes de finalizar a graduação, afirmou o estudante de Engenharia de Produção e intercambista, Ezequiel Kaufmann.
Bate-volta
Legalização da maconha – O Senado canadense aprovou nesta semana o uso recreacional e a produção de maconha. O Canadá foi o segundo país no mundo – o primeiro foi o Uruguai – a adotar a medida. Apesar da determinação federal, cada província (equivalente a estados) será responsável por organizar suas próprias regras para a venda do produto, o que deve levar de oito a doze semanas. Em sua conta oficial no Twitter, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse que ‘tem sido fácil para os adolescentes conseguirem a maconha, e para criminosos colherem os lucros’, e que com a medida recém aprovada, essa realidade deve mudar.
Imigrantes – Os milhares de imigrantes que cruzam anualmente a fronteira do México com os Estados Unidos são originários, principalmente, de países como El Salvador, Guatemala e Honduras. Eles fogem da pobreza, mas também dos altos índices de violência causados por gangues e cartéis de drogas. Honduras, por exemplo, tem uma das maiores taxas de homicídios do mundo.