Quando a Folha do Mate me convidou para escrever uma coluna para o Tudo & Todas, me senti lisonjeada e feliz. Mas quando me disseram que seria sobre maternidade, confesso que passou um frio pela barriga, um prolongado silêncio se instalou e o inevitável… hein? Por que maternidade? Logo eu, uma jornalista política, que tenho a maior dificuldade de escrever em primeira pessoa? Por que não comunicação? Mundo digital? Moda para gordinhas? Sei lá…
Então comecei a me avaliar como mãe. O que eu teria a dizer para outras mães?
Especialmente aquelas que dedicam cada minuto aos lanchinhos dos filhos, às tarefas de escola, ficam horas sentadas na sala ajudando os pequenos a montarem seus quebra-cabeças?
Sou uma mãe workaholic, vivo correndo e levando meu filho de 5 anos para lá e para cá de arrasto. Confesso que ele muito mais se adapta a minha rotina do que eu a dele. Meu filho parou de chupar bicos aos 2 anos porque ele rasgou e duas noites eu esqueci de comprar um novo na farmácia. Mamadeiras na madrugada? Leitinho ao acordar? Não, meu filho assiste televisão até tarde e sempre tomou no copo, pois eu achava meio anti-higiênico aquele plástico de mamadeira sempre sujo.
Enfim, confesso que sou uma mãe aos trancos e barrancos, mas também completamente apaixonada pelo meu filho. Essa sou eu. Então será que mereço escrever para vocês?
Isso vamos descobrir juntas, porque sempre falo que toda mulher é a melhor mãe do mundo até ter um filho. Ela sabe exatamente como educar o filho dos outros. Mas tudo muda quando o filho é real. E que bom que muda, pois ninguém é perfeito e nenhuma mãe também precisa ser.
Toda mãe faz aquilo que acredita ser o melhor para o seu filho no momento. Ninguém faria por mal. E se hoje sou uma mãe divorciada, compulsiva por trabalho, por comida e por limpeza e ainda assim tenho um filho encantador, sem traumas, sem medos e muito carinhoso, algum sucesso eu tive nessa tarefa, né?
Meu filho diz que me ama todos os dias, dorme abraçado comigo e divide tudo com seus amiguinhos (até os doces que eu acabei de comprar e escondi). Isso não é um bom trabalho?
Talvez eu não tenha que me culpar tanto e esse início já está me permitindo ver o que eu fiz de bom. A gente seria capaz de fazer por eles o que não faz por nós mesmos, né? E isso é tão natural.
Ser mãe é incrível… o maior e mais completo amor que eu já senti. Por isso, pretendo aqui compartilhar um pouco dessa experiência, sem a pretensão de dar conselhos ou parecer exemplo.
Queria muuuito poder contar com a colaboração de quem lê essa coluna para sugerir temas, debater dúvidas e enriquecer esse debate. O que acham?
Bom… vou ficando por aqui… A coluna será mensal, às segundas-feiras!
Obrigada, gente que leu até o final!
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