O que que você quer ser quando você crescer?Aguma coisa importanteUm cara muito brilhanteQuando você crescerNão adianta, perguntas não valem nadaé sempre a mesma jogadaUm emprego e uma namoradaQuando você crescerE cada vez é mais difícil de vencer –
TRECHO DA MúSICA QUANDO VOCê CRESCER – Raul Seixas
Ao longo de sua vida, quantas vezes te perguntaram o que você quer ser quando crescer? Médica, modelo, caixa de supermercado, bancária, dona de loja. Estas eram minhas respostas, ditas sem entender o que é trabalhar.
Quando chegamos nesta fase dos vinte, a pergunta, geralmente direcionada às crianças, deixa o universo de brincadeiras e aptidões e ganha um discurso sério. A idade é um pedido de ordem para a estabilidade, para se aperfeiçoar e garantir uma boa colocação no mercado de trabalho. Mas te pergunto, quantas vezes você se perguntou o que você vai ser? Onde quer chegar?
A realização só acontece quando se tem dom, aptidão e amor pelo que se faz. Como meu pai diz, é quando temos um trabalho, não um emprego. Ouvimos por aí, muitas queixas da nossa geração. Somos ambiciosos, queremos ganhar bem e trabalhar pouco. E ainda, alcançar logo, um bom cargo. Temos pressa, queremos carreira, mas a maioria não fica mais de três anos em uma mesma empresa.Mas com quais critérios fazemos esta importante escolha, se quando estamos saindo do ensino médio somos submetidos a um teste de múltiplas respostas para identificar a área que você tem vocação? Ou se você já cresce ouvindo que será um advogado como o pai? E assim, muitos entram na universidade e seguem carreiras das quais nunca tiveram certeza.
Que trabalhadores serão esses?
O que você quer ser? Eu quero ser jornalista. A escolha foi madura e consciente, foi minha, mesmo meus pais achando, na época, que seria melhor eu ser professora. Antes, passei por muitos lugares até chegar na Folha do Mate. Comecei a trabalhar cedo, auxiliando a mãe no corte de fios e logo me coloquei a ajudá-la nas máquinas de costura. Trabalho infantil? Não, crescimento e amadurecimento. Na Comunicação ingressei em 2007. Só para me manter na área, cheguei a aceitar um estágio que não me pagava mais do que eu gastava para a passagem de seis conduções diárias e o almoço. São caminhos, são escolhas,para futuros resultados. Eu podia concorrer a qualquer outra vaga de emprego que me pagasse mais e tivesse menos transtorno, mas eu escolhi fazer currículo.
Escolhi por uma área que me move. E quem disse que é a profissão mais fácil do mundo? Não, mas a mais fantástica. Me permite ser um pouco médica, um pouco economista, arquiteta, um tanto advogada. Quando escrevo, posso ser o que eu quiser.
E você, escolheu a sua profissão, por quê?
Precisa fazer sentido, precisa ser apaixonante para seu trabalho ser gratificante. No entanto, alguns ‘acomodados’ acham que do jeito que é está bom, outros, reclamam, mas nada fazem para melhorar. Somos a geração da bunda na cadeira, do amanhã eu faço, do depois eu vejo. Alguns, prestes a se formar, não sabem o que vão fazer depois do diploma nas mãos.
Não deixe que façam ou escolham algo por você. A fórmula de sucesso, diante de tantos desafios, talvez seja ser um pouco velho e um pouco jovem. Velho para ter a segurança, a responsabilidade, a pontualidade e a dedicação pelo emprego. Jovem, para colocar nesta receita, um pouco de agilidade, de empolgação, de vitamina.
Faça o novo. Faça mais que o combinado. Os grandes líderes fizeram.
Quais são os líderes do amanhã? Você é feliz no que faz?
Volte aos seus sonhos de infância e descubra a resposta do que você, um dia, disse que queria ser, quando crescer.
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