é hora de valorizar o ômega e inserí-lo na alimentação diária. O nutriente é uma aliado a saúde e pode combater doenças como a diabetes, hipertensão e ainda melhora o desempenho do cérebro. Há um mito de que as gorduras devem ser eliminadas da dieta das pessoas que buscam uma vida mais leve e saudável, porém na prática não é bem assim que funciona, pois, existem gorduras boas, inclusive, essenciais para o funcionamento e desenvolvimento do organismo, como é o caso dos ômegas 3, 6 e 9. Um detalhe, é que estes nutrientes devem ser consumidos, com moderação, para garantir o bom desempenho do metabolismo humano e ainda prevenir uma série de doenças.
>> Em quais alimentos podemos encontrá-los?
Estes ácidos graxos são fundamentais para a manutenção de algumas funções do organismo, eles ainda colaboram na produção de hormônios e são usados como energia pelo corpo. Para se beneficiar da ação destes nutrientes e garantir uma vida mais saudável é importante adotar uma dieta que favoreça o equilíbrio entre eles, através do consumo de peixes, frutos do mar, óleos vegetais, sementes e oleaginosas, e se atentar para alguns detalhes importante que podem potencializar sua saúde.
>> As maiores vantagens dessas ‘gorduras boas’
Além de possuírem efeitos preventivos, eles também têm a função de proteção à saúde cardiovascular e cerebral. Atualmente consumo regular dos ômegas já é associado à redução dos sintomas de doenças e alterações metabólicas no organismo. Eles ajudam a diminuir os níveis de colesterol e triglicérides e ainda produzem substâncias anti-inflamatórias, que também auxiliam na formação do tecido adiposo e podem bloquear as enzimas que produzem a inflamação da artrite reumatoide aliviando seus sintomas, em especial o ômega-6.
As substâncias que compõe o ômega são benéficas à saúde e capazes de melhorar o desempenho do sistema circulatório, impedindo a formação e acúmulo de plaquetas nos vasos sanguíneos que podem causar doenças como derrame ou infarto.
>> Vantagens em todas as idades
As gestantes também devem incluí-lo na alimentação, pois os ácidos graxos participam diretamente no desenvolvimento fetal, colaborando com a formação da retina ocular e do sistema imunitário dos bebês. Outro fato importante é que essas substâncias são usadas como auxiliares no tratamento de idosos, na forma de suplementação, graças ao seu potencial preventivo contra déficits cognitivos, perda de memória, insônia e, até mesmo, ansiedade.
>> Principais diferenças entre o ômega
A diferença básica entre eles está na estrutura química de cada um. O 9 é sintetizado pelo corpo humano a partir da presença do 3 e do 6 e também possui fontes disponíveis na natureza, porém o 3 e o 6 não são produzidos pelo organismo, sendo obtidos somente através da alimentação, por isso são considerados essenciais. Entenda as principais características deles:
>> ômega 3: o organismo humano não é capaz de produzir naturalmente esse ácido graxo, portanto, seu aporte deve ser feito através da alimentação. Ele pode ser encontrado em alguns peixes, oleaginosas e sementes de chia e linhaça. A substância mais abundante na composição do nutriente é o ácido alfa linolênico responsável pela produção dos ácidos EPA e DHA, que atuam na diminuição dos níveis de triglicérides e no aumento do colesterol bom (HDL). O ômega ainda atua na manutenção das membranas celulares e na saúde do sistema nervoso central, por isso é considerado um aliado poderoso para o bom funcionamento do coração e do cérebro.
>> ômega 6: esse nutriente desempenha um papel fundamental no organismo, mas, assim como o ômega 3, carece de suplementação alimentar, pois não é produzido naturalmente pelo corpo. Ele pode ser encontrado em praticamente todos os óleos vegetais, especialmente nos de milho e soja. Seu componente principal é o ácido linoleico, que participa de vários processos e sínteses hormonais e colabora para o bom funcionamento do sistema imunológico. O ômega 6 faz a manutenção da saúde reprodutiva e auxilia também na redução do colesterol ruim (LDL) e na formação das membranas celulares e da retina, o que garante pele e cabelos mais saudáveis e ainda ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose.
>> ômega 9: Presente em alimentos como azeite de oliva, azeitona, óleo de canola, abacate e oleaginosas, o ômega 9, diferente dos anteriores, pode ser sintetizado pelo organismo humano a partir da presença dos ômegas 3 e 6, porém o corpo consegue produzir essa gordura apenas em pequenas quantidades. Além disso, também é preciso ter atenção pois, a ausência de um dos outros ômegas pode desencadear na deficiência desse nutriente. Sua principal substância é o ácido oleico que age no metabolismo e desempenha um papel essencial na síntese dos hormônios. O nutriente é um anti-inflamatório poderoso e atua contra doenças do coração e contra o envelhecimento precoce das células, ele também auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e diminui a agrega&cce dil;ão de plaquetas.
>> Como garantir esses benefícios
Uma dieta equilibrada com uma variação no uso dos óleos vegetais, o consumo regular de peixes e a inclusão de oleaginosas e sementes, como a linhaça, chia e nozes no cardápio pode suprir a necessidade desses nutrientes no organismo. Mas é preciso se atentar para alguns detalhes que podem fazer a diferença, pois uma alimentação deficiente, que não equilibre os diferentes ômegas pode provocar a carência dessas gorduras e prejudicar o metabolismo.
>> Atenção ao consumo de peixes
A maior fonte natural dos ômegas é a carne de peixes, no entanto, não são todos que contém o nutriente. Muitas pessoas acreditam que incluir a proteína nas refeições é o bastante para obter os benefícios desses ácidos graxos, porém, as espécies que possuem o EPA e DHA em abundancia são aquelas que vivem em águas profundas e frias, especialmente em regiões nórdicas, como o salmão, o atum e a sardinha. Isso acontece devido à alimentação típica desses animais em seu habitat natural. Em função disso, os peixes criados em cativeiros, em águas mais quentes, não possuem a mesma concentração dos ômegas.
>> óleos vegetais auxiliam o aporte nutricional
A maioria dos óleos vegetais podem ser uma boa alternativa para suprir a necessidade desses nutrientes no organismo. A inclusão dessas ‘gorduras boas’ no cardápio, de forma moderada, pode garantir o aporte dos ômegas através da dieta. Para o ômega 3, especialmente, é indicado o consumo dos óleos de soja e de canola, mas o ideal é variar a utilização desses e outros óleos vegetais, assegurando uma ingestão balanceada. A vantagem é que os ômegas são preservados nesses óleos mesmo com aquecimento realizado no preparo de algumas refeições. No entanto, fique atento, pois o uso indiscriminado pode acarretar complicações, como o aumento do peso.




