PÉ NA ESTRADA
Por Ana Flávia Hantt*
A identificação da nova cepa do coronavírus na região Norte tem colocado o mundo em alerta em relação ao Brasil. A cada dia, aumenta a lista de territórios que proíbem a chegada de voos vindos do país. Portugal, Peru e Colômbia foram os últimos a adotarem a medida nesta semana.
Nesta quinta-feira, o Peru instaurou a regra que será válida até 14 de fevereiro. O país vive uma segunda onda da pandemia e, a partir de domingo, mais de 16 milhões de pessoas serão colocadas em lockdown, com fechamento de lojas, igrejas, cassinos e academias. A Ilha de Sint Maarten, no Caribe, também proibiu a entrada de passageiros vindos do Brasil. Na quarta-feira, foi a vez da Colômbia, que proibiu voos entre os países por pelo menos trinta dias.
Depois de prorrogar a proibição de entrada de turistas brasileiros em seu território, o governo argentino também ordenou que as companhias aéreas com rotas entre os países reduzam em 50% a quantidade de voos. A medida entrará em vigor a partir de 1° de fevereiro.
Portugal se juntou nesta sexta-feira aos países que suspenderam todas as viagens aéreas do ou para o Brasil; apenas voos de repatriação serão permitidos. Itália e Reino Unido já mantinham medidas semelhantes, assim como o Marrocos e a Turquia.
Vale lembrar que o Brasil não é o único no alvo das suspensões. República Dominicana, Equador, África do Sul, Irlanda, Reino Unido, Portugal e Estados Unidos aparecem em várias das medidas instauradas, sendo considerados de alto risco para transmissão, especialmente relacionado à nova cepa do vírus.
O que chama a atenção é que este cenário é muito parecido com aquele visto em março do ano passado. Prestes a fecharmos um ano do colapso em nível global – a Itália viu os casos escalonarem no fim de fevereiro, no que foram seguidos pelo mundo todo nos dois meses seguintes – ainda não há sinais significativos de alívio para o controle da pandemia. Esperamos que a vacinação continue e traga melhores notícias em breve.
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