Crianças que são abandonas ou retiradas de lugares, considerados impróprios para suprir suas necessidades básicas, acabam sendo acolhidas em abrigos por todo o país. Conforme uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional da Justiça (CNJ), meninos e meninas encaram um longo período de espera até poderem ser adotados por novas famílias. Este processo demora em sua maioria pela necessidade que há de que a justiça consiga desligar todos os laços que envolvam as crianças a seus pais biológicos.
A maioria das pessoas mantém uma preferência por crianças de até cinco anos, que corresponde a apenas 9% das crianças que estão a espera de um novo lar. Esse é outro fator que dificulta o processo de adoção, pois ao passar do tempo diminui as chances de adoção. A Associação Brasileira de Jurimetria acompanhou processos de adoção em oito municípios do país (Belém, Recife, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre) que demonstram o maior volume de processos do Brasil.
O tempo estabelecido por lei da adoção é de 120 dias. Na região Nordeste, o tempo, em média, é de de nove meses. Na região Norte, o processo de separação de vínculos familiares perante a lei chega perto de 52 meses de espera.
Aptas à adoção
Quando todos os processos de desligamento biológicos forem realizados, a criança pode ser encaminhada para a adoção, um período que se pode tornar ainda mais demorado do que o anterior. Em regiões como Centro-Oeste, Sul e Norte, a espera por uma possível família pode ser de dois anos, enquanto na região Nordeste, esta espera cai para seis meses.
Confira a tabela que mostra o tempo de demora para a criança estar apta à adoção e ser adotada:

