#DiaDaIgualdadeFeminina #DiaDaIgualdadeDaMulher #igualdadefeminina #ElesPorElas
Isso também é problema seu. Homens, mulheres. Não importa o gênero, não importa a raça, não importa o credo. O respeito ao ser humano, e um trabalho efetivo para a igualdade, é a meta.
Hoje, 26 de agosto, é o Dia Internacional da Igualdade da Mulher. E o T&T convida você a entrar conosco nessa campanha. Para participar, basta colocar a imagem promocional em sua capa de Facebook e marcar o Tudo & Todas.

A ideia é criar uma grande corrente, e chamar a atenção para esse movimento.
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A NOSSA CAUSAQuer entender sobre o que estamos falando nesta campanha? Compartilhamos com vocês uma palestra do educador anti-sexista Jackson Katz. Ele palestrou em novembro de 2012 em um evento do TED, uma plataforma que disponibiliza gratuitamente vídeos com ideias de grandes pensadores e agentes sociais, gravados em eventos realizados em todo o mundo. Veja o que ele diz, e que nós assinamos embaixo:
A violência contra a mulher não é um problema feminino, é um problema dos homens.
Quando as questões de violência de gênero são identificadas como um problema feminino, os homens se sentem no direito de não prestar atenção. De achar que isso não é problema deles, e sim, das mulheres. é uma desculpa que encontram para não prestarem atenção.
Os grupos dominantes precisam ser desafiados a pensar sobre sua dominação. Quando a gente para de encarar a violência doméstica como uma questão feminina, ela deixa de ser um problema das mulheres e passa a ser um problema a ser discutido e trabalhado pelos homens.
Dizemos que uma determinada mulher foi estuprada. Nesta construção, o sujeito da ação é a mulher, e acabamos fazendo muitas perguntas sobre ela:
– Como ela saiu com esse homem?- Como ela foi a tal lugar?- Por que estava bebendo?- Como aceitou ele de volta? Isso está errado. é simplesmente uma questão cognitiva, mas que vem tirando a responsabilidade do homem. Quem é o estuprador? Ele é o sujeito da ação e não a sua vítima. O correto é inverter a frase e tornar o homem o sujeito da ação.
Isso é uma forma de culpar a vítima, quando na verdade as perguntas e questionamentos devem ser dirigidos ao agressor. Ao homem que cometeu o crime. Precisamos fazer um outro tipo de perguntas: – Por que determinado homem agrediu uma mulher?- Por que isso é um problema comum nos EUA e em todo o mundo? – Por que abusam de mulheres, de meninas e de meninos que dizem amar?- Por que homens estupram outros homens?- O que está acontecendo com os homens?- Por que abusam de crianças?- O que há de errado com nossa sociedade e com suas instituições que vem ajudando a produzir homens abusadores em ritmo pandêmico? – Porque não são abusadores individuais, há uma cultura de abuso. Os abusadores não são monstros que saem do pântano. Eles estão inseridos na sociedade. Não é um problema de indivíduo (ou seriam poucos), é um problema social muito mais abrangente.- Qual o papel das religiões nisso?- Qual o papel do esporte?- Qual o papel da indústria da pornografia?- Qual o papel de nossos líderes e como estão exercendo sua liderança? Como podemos ser transformadores? Como podemos socializar os rapazes e evoluir nas questões sobre masculinidade?
Precisamos focar no que os homens estão fazendo. Não no que as mulheres estão fazendo.
Ainda bem que há mulheres líderes que estão falando sobre isso e buscando ser ouvidas.
Precisamos de homens de atitude e coragem para dizer o que deve ser dito. Que se coloquem lado a lado com as mulheres e não contra elas. Vivemos juntos neste mundo.
A proposta é que os não agressores contestem os agressores. E não é pontual, no momento de impedir que um cara bata em sua namorada. Inicia no comportamento usual. Inicia quando o homem no meio de uma conversa informal entre outros homens se posiciona ao ver um comentário machista, sexista, racista, preconceituoso.
A proposta e o grande ponto desta abordagem é fazer com que os homens sexistas percam status, percam importância, percam a influência. Então, esse passa a ser um trabalho de desenvolvimento de lideranças, de homens que tenham influência e coragem de assumir esse posicionamento. Precisamos que homens adultos e com poder se posicionem. Toda vez que um líder faz um comentário racista, sexista, homofóbico, ele está alimentando essa cultura. Ele não precisa de um trabalho de sensibilização, ele precisa de um trabalho de liderança.
Ele está sendo um péssimo líder!
Não adianta apenas se importar. Precisamos de homens com valentia, coragem, força e integridade moral para romper o silêncio e contestar uns aos outros e se posicionar a favor das mulheres.
Devemos isso às mulheres.Devemos aos homens.Devemos isso aos nossos filhos.
Veja aqui a palestra completa de Jackson Katz:
