Apesar de ser um hábito bem difícil, o sonho de toda a mãe é ver os filhos consumirem todos os nutrientes importantes para o desenvolvimento. Porém, esta não é uma tarefa muito fácil, porque deste cedo, os pequenos já possuem as suas preferências alimentares e aprendem a rejeitar aquilo que menos gostam de comer.
Mas, você já parou para pensar que os hábitos em família podem contribuir para uma alimentação saudável das crianças? Será que não são os pais os causadores deste problema, quando não definem os horários das refeições ou quando permitem o consumo excessivo de doces e guloseimas. Isso pode ser revertido, se a família tomar as providências em conjunto e abrir mão de produtos mais industrializados para propor uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes.
Reveja estes hábitos alimentares e contribua para o crescimento saudável das crianças.
1- A preocupação com as quantidades
Como todos sabem, quantidade não é qualidade, as crianças não comem mais porque estão crescendo, isto é um mito. O desenvolvimento vai depender do metabolismo e da fase de crescimento. Segundo especialistas, crianças de um a seis anos, por exemplo, crescem mais lentamente do que crianças de seis meses ou doze anos, que estão em crescimento mais rápido. Isso não significa que os pequenos estão se alimentando pouco, basta ter equilíbrio e qualidade na alimentação.
2- Padrão na alimentação
Há vários processos de crescimento. Os bebês comem bastante mas, no decorrer do tempo,vão passar a comer menos. É normal que a velocidade de crescimento diminua a partir de um ano de idade. Por isso, os bebês engordam e crescem rapidamente, depois vão passando por transformações, também por causa das mudanças dos padrões alimentares.
3- Excesso nos vegetais não é a solução
Apesar dos legumes e tubérculos serem importantes para o crescimento e saúde dos pequenos, o consume em excesso não é a melhor saída. Crianças pequenas têm estômago pequeno e por isso precisam de alimentos com alta concentração calórica. Esses alimentos possuem muitas fibras e poucas calorias – e o estômago do bebê não suporta receber a quantidade necessária para engordar.
4- O padrão de crescimento é variável
Geralmente o crescimento das crianças é mais acentuado entre os quatro e oito meses, caso isto não ocorra, é recomendável avaliar se há alguma patologia, caso não tenha, mantenha a calma, porque cada criança cresce seguindo um padrão. Nem sempre seu filho se encaixará na maioria, por isso, não é recomendado exigir que ele coma mais.
5- Os hábitos são importantes
Oferecer alimentos adequados e saudáveis para a criança é essencial. Se você optar por alimentos processados e industrializados e açúcares em excesso, é o que ela vai comer. E a alimentação familiar entra em jogo: se você oferece alimentos saudáveis para seu filho, mas opta por alimentos processados e industrializados, pode acreditar, com o tempo, ele fará as mesmas escolhas que você.
6- O equilíbrio alimentar vem a longo prazo
Não esqueça que os seus hábitos alimentares são a inspiração para os seus filhos. Eles ainda estão aprendendo a formar o paladar e a balancear a dieta, por isso, com a condição de que seu filho receba uma oferta de alimentos saudáveis, a longo prazo, ele terá uma dieta adequada. Talvez ele não faça o equilíbrio de nutrientes nas suas escolhas, mas, se você oferecer apenas produtos saudáveis, ele irá se habituar. Não dê sugestões de frango ou chocolate, desta forma, a preferência será pelo doce, é claro.
7- A alimentação não pode ser uma obrigação
A alimentação deve ser um prazer, não uma obrigação, nunca insista para seu filho comer. Deve haver persistência aliada a paciência, mas tenha cuidado para que este hábito não se torne uma frustração. Esse comportamento, de fato, não é ensinar seu filho a comer, é empanturrá-lo à força. Quer que ele coma bem? Deixe que ele à vontade para pegar os alimentos, sinta os sabores, opte pela livre demanda (de leite materno ou de leite artificial), torne a alimentação da família mais saudável (sim, chocolate às escondidas). Obrigar o filho a comer é também alimentar algum tipo de transtorno alimentar ~ que não necessariamente se materializará na infância.
8- Quando inserir a alimentação na rotina dos bebês
A recomendação oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que a Introdução Alimentar (IA) seja iniciada a partir dos seis meses de vida do bebê. Há mais de uma razão para esse motivo. Diversos estudos com bebês de quatro e seis meses demonstraram que quando a introdução alimentar é iniciada aos quatro meses, o bebê passa a mamar menos, mas quando iniciada aos seis meses, não interfere na amamentação. Além disso, leva-se em conta a maturidade da digestão do bebê, que aos seis meses está mais preparado para digerir e absorver melhor os nutrientes.
A saúde das crianças é muito importante para o seu desenvolvimento. Fica a dica!