A dona Ivane é assim: uma mulher enérgica, falante, sorridente e corajosa. É mãe de dois e avó também. A imagem da infância que tenho é daquela mãe incansável, com mil braços, fazendo tudo ao mesmo tempo. Não tenho lembranças dela sentada no sofá de perna pro ar. Na verdade hoje em dia, ainda, poucas vezes vejo essa cena. 

Teve um tempo que eu a critiquei (injustamente) por isso: por não ter lembranças dela no sofá com a gente, ou então brincando sei lá do que com a gente. Mas passada minha crise “do mundo girando em torno de mim”, vi que justamente ela não parava, para poder nos atender, servir, agradar ou cuidar.

Ser mãe é se disponibilizar ao cuidado de alguém, seja do jeito que for.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasA forma de lidar com a maternidade é influenciada pelas vivências em família e pelo modelo que aprendemos ou recriamos
A forma de lidar com a maternidade é influenciada pelas vivências em família e pelo modelo que aprendemos ou recriamos

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Cada mãe tem seu jeito e cada mãe acredita que aquilo que ela faz é o que ela deve fazer. Não é à toa que ela é assim. Quando conheci a história da infância da minha mãe pude compreendê-la muito melhor. Quando podia observar a relação da minha avó com os filhos dela, pude compreender muita coisa e uma boa parte da minha relação com minha mãe também.

Minha mãe foi uma mãe maravilhosa e continua sendo incansavelmente todos os dias. Claro que ela tem as falhas dela, eu também tenho as minhas. Muitas vezes o que me incomoda nela eu faço também. Por isso que me irrita tanto, afinal me vejo nela. Porque eu sou ela, meu pai, meu irmão e um monte de gente, experiências e história que carrego comigo. Eu cresci, meu irmão cresceu e meu pai faleceu, mas ela continua aquela mãe: faz tudo para agradar.

Não se cansa mesmo com sono, não se nega mesmo cheia de vontade de fazer outra coisa.

Espero um dia poder saber que sou uma boa mãe. Não quero ser perfeita, mas ver que meus filhos aprenderam sobre respeito com os outros, que trabalhar é importante e pode ser muito gratificante, que a vida é curta e precisa ser aproveitada no aqui e agora, que o amor vai acontecer, que orar é sagrado e que sentir gratidão é lindo e revigorante!  

Foto: Divulgação / Tudo & TodasEssa é a dona ivane! Dona de uma coração grande, sorriso permanente e cheia de energia!
Essa é a dona ivane! Dona de uma coração grande, sorriso permanente e cheia de energia!

Do jeito que for, mãe de sangue ou de coração, irmã ou pai que serve de mãe, não importa. O que realmente importa é sentir que temos uma mãe, alguém com quem contar, alguém onde se refugiar.

 

Tenho mães do coração por ai, e elas sabem quem são. Minha mãe também “adotou” muita gente por ai. E acho lindo isso: se disponibilizar para o outro também.

Sou grata pela minha vida e pelas experiências as quais vivenciei e vivencio. Sou grata demais por ti mãe e pela avó que se tornou para meus filhos.

Não é dia das mães, nem aniver ou qualquer coisa assim: é um dia comum e resolvi dedicar esse post à ti! Porque são nos dias comuns que as pessoas se tornam especiais. Obrigado!