Há algum tempo, procurei acrescentar na alimentação o ‘iogurte’ preparado com kefir, uma alternativa muito mais natural e econômica aos produtos probióticos adquiridos prontos nos supermercados.

Acontece que, embora a boa vontade fosse grande, quem disse que eu conseguia comer aquele ‘iogurte azedo’? Mesmo misturando mel, aveia e alguma fruta, cada colherada era uma tortura.
Para quem ainda não conhece, explico o que é kefir: esse é um probiótico natural, ou seja, possui micro-organismos que chegam vivos ao intestino e justamente por isso, trazem vários benefícios ao corpo.
Para produzir, é preciso armazenar uma colônia (formada por grãozinhos de polissacarídeos, um tipo de carboidrato) em um recipiente, o qual deve receber leite ou água com açúcar mascavo, e ser armazenado em local escuro. Depois de um dia de ‘produção’, é possível obter uma espécie de iogurte, próprio para a alimentação.
Entre os benefícios, está o aumento da imunidade, o controle de inflamações e a melhora do sistema digestivo. Tudo isso ocorre porque a associação de bactérias e leveduras, que fermentam e formam o ‘iogurte’, liberam ácidos láctico e acético, vitaminas do complexo B, vitamina C e alguns aminoácidos.
Mas vamos à solução do meu problema: por indicação da pessoa que me doou o kefir, passei a depurá-lo com um filtro de café por cerca de 1 a 2 horas, dependente a quantidade. Assim o soro da bebida, que descobri ser a parte mais azeda, vai embora, deixando o sabor mais suave.
O resultado, é uma textura de queijo tipo quark, ou como dizem no Sul do Brasil, käschmier.

Resolvido o impasse, como diariamente no café da manhã, em generosas camadas sobre o pão integral, e já aguardo receber todos os benefícios anunciados! 😀
Em tempo: o soro resultante não precisa ser desprezado. Vi muitas indicações na internet para que o líquido seja acrescentado em outros preparos, como carnes e feijão. Isso, porque o soro é grande fonte de proteína.
E você, também utiliza o kefir na sua alimentação? Tem alguma dica de consumo?