A estiagem prolongada vem preocupando entidades e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Em Venâncio Aires, o gerente local da estatal, Ilmor Dörr, reforça a necessidade de conscientização. “Estamos ultrapassando os 11,5 mil metros cúbicos por dia. A média normal seria não ultrapassar os 9 mil metros cúbicos”, reforça.
Dörr comenta que o nível do arroio Castelhano, responsável pelo abastecimento de água no município, é preocupante. “Os arrozeiros pararam de puxar água desde o início da estiagem. Isso já ajudou muito. O Município criou um decreto para proibir a utilização de água potável da rede pública e de poços artesianos para lavar carros, calçadas, irrigar pátios, então agora só resta a gente se conscientizar.”
Conforme o gerente, se o consumo continuar elevado, a Corsan não descarta a possibilidade de fazer o racionamento da água, com isso, seria implantado um rodízio por bairros e a água seria ‘cortada’ em determinados horários. “A gente não quer que chegue a esse ponto. Mas as pessoas estão gastando água demais. Será que já pararam pra pensar se faltar água nessa fase de quarentena vai ser bem pior?” questiona Dörr.
De acordo com o decreto do governo estadual, a Corsan não realizará atendimento presencial no escritório da unidade, mas estão mantidos os atendimentos de plantão, tratamento, abastecimento e manutenção de urgência. O gerente explica que para acesso às informações os usuários devem procurar as plataformas digitais da unidade.
Corsan suspende cortes por não pagamento nos próximos 60 dias
Em reunião com o secretário estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, por videoconferência, na tarde do , 22, o governador Eduardo Leite definiu algumas medidas envolvendo os clientes da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) por conta das dificuldades ocasionadas pela pandemia do coronavírus.
De acordo com o governador, os clientes de tarifa social ficarão isentos da cobrança pelos próximos 90 dias. Além disso, ficam suspensos os cortes por não pagamento nos próximos 60 dias.
“Precisamos manter a empresa em funcionamento e, para tanto, mesmo que sem cortes, continuam valendo multas e juros em atrasos. Os cidadãos que dispõem de condições para pagamento de suas faturas devem seguir adimplentes para mantermos os serviços essenciais à população”, disse Leite.