“A demora para liberação do resultado está me matando”. A afirmação é do representante comercial Edson José De Picoli, 45 anos, que na madrugada de sábado, 21, foi submetido a coleta de material para a realização de exame do coronavírus. Ele foi considerado suspeito após procurar atendimento e ter apresentado sintomas que remetem ao Covid-19. É provável que o resultado seja liberado até o fim desta semana e, enquanto isso, a rotina é o isolamento. Está em casa, em Linha Tangerinas, com a família, sem receber visitas.
Capela, como é conhecido, sentiu os primeiros sintomas na quinta-feira, 19. “Tive tosse, um pouco de dor no corpo e febre. Comecei a tomar Paracetamol, mas no dia seguinte, continuei com dores e com a garganta ‘arranhada’”, recorda. Na sexta-feira, 20, ele procurou o Centro de Atendimento, no pavilhão São Sebastião Mártir. Passou pela triagem, com profissionais de Enfermagem, e consulta com uma médica. Foi orientado a manter o tratamento com Paracetamol e repousar, pois o caso não seria grave, nem preocupante.
Ainda na sexta-feira, a febre aumentou. “Mesmo administrando o medicamento de quatro em quatro horas, foi para 38,5º e não estava baixando mais. À noite, fiquei ruim mesmo e procurei o hospital”, comenta. Na casa de saúde, Capela foi atendido e recebeu novamente a informação de que seu caso não tinha gravidade. Ao argumentar junto à equipe de enfermagem que estava preocupado, recebeu a sugestão de ir até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cruzeiro. Lá, após análise, a equipe decidiu pela coleta.
MELHORA E AVISOS
Nos dias que se seguiram, o representante comercial teve melhora no quadro de saúde. Ainda segue com tosse e dor no corpo. “Febre não tive mais. Estou rezando para seja uma gripe forte, apenas. E já estou tomando o Tamiflu, que eu acho que foi o que deu resultado”, afirma. Ele diz que está se alimentando bem e bebendo muita água. Não notou diferença no paladar e olfato, como comentam algumas pessoas infectadas.
Assim que fez o teste, Capela não pensou duas vezes: chamou os amigos em grupos de WhatsApp e avisou sobre a possibilidade de ter contraído a doença. Também comunicou a empresa onde trabalha e os clientes sobre a situação. “Não tinha como ser diferente. É uma informação que as pessoas têm que ter. Não é demérito pra ninguém e, se Deus quiser, não será coronavírus. Estamos nos cuidando aqui em casa, higienizando tudo. Se precisamos de alguma coisa do mercado, algum familiar vai lá pra gente”, complementa.
CASOS EM VENÂNCIO
• Nenhum caso confirmado
• 29 coletas feitas
• 27 exames realizados
• 2 casos descartados
• 15 aguardam resultado
• 12 foram negativados