O telefone toca. A voz que tranquiliza quem está do outro lado da linha à procura de orientações sobre a Covid-19 é de Alexander Flôres. O jovem, de 24 anos, ainda não tem em mãos o diploma do curso técnico em Enfermagem, mas já coloca em prática o conhecimento adquirido no curso para ajudar ao próximo.
O estudante do 5º semestre da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), campus de Venâncio Aires, integra a equipe de voluntários que atuam nas ações contra o coronavírus, no município. Entre os dias 25 de março e 9 de abril, ele atuou na central de atendimento telefônico do município (Telecovid) e garantiu a sensação de dever cumprido, no apoio à comunidade.
Às 7h30min, ele já estava na Secretaria de Saúde para mais um dia de trabalho. Por telefone, ele orientava as pessoas que tinham dúvidas sobre a Covid-19. “Caso essa dúvida não fosse do nosso alcance, a ligação era transferida diretamente para um médico”, explica o estudante.
Flôres não recorda de uma situação em específico que tenha marcado durante este período em que esteve na central de atendimento, mas desde o início sabia do compromisso e dos desafios que iria encontrar pela frente, já que, todo dia se deparava com realidades diferentes. “Muitas pessoas do interior ligavam para a central para saber mais informações e sanar dúvidas. Neste caso, um dos desafios era se fazer entender, para explicar da melhor forma, já que, a maioria vem de uma cultura diferente”, conta.
O desejo de trabalhar como voluntário, ele carrega desde que entrou na área da saúde. “Juntamente com alguns outros colegas, ao longo do curso, sempre fui voluntário para participar de diversos eventos nos quais a Unisc e a turma do técnico se fazia presente”, afirma o estudante, que também trabalha como socorrista na praça de pedágio de Venâncio Aires.
Mesmo que tenha atuado na comissão de frente por cerca de 30 dias, ele afirma que foi uma grande experiência, que vai levar para a vida. “Foi muito gratificante, uma sensação de dever cumprido. Ainda mais em tempos de pandemia, onde toda ajuda sempre é bem-vinda ”, explica.
“Acredito que esse tipo de trabalho voluntário só tem a nos acrescentar seja como profissional ou como pessoa. É um trabalho que a gente faz porque gosta, sem receber nada em troca.”
ALEXANDER FLÔRES – Estudante do curso técnico de enfermagem da Unisc