‘Folga’ para as máquinas em Sapé, força total no Corredor dos Gauer

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As pavimentações da estrada de Linha Sapé e da rua Augusto Silveira de Moraes, mais conhecida como Corredor dos Gauer, são duas das principais demandas comunitárias de Venâncio Aires nos últimos anos e, a partir do momento em que passaram a ser executadas, são ‘fiscalizadas’ com rigor pelos cidadãos. Em Linha Sapé, atualmente, não há máquinas trabalhando, ao contrário do Corredor dos Gauer, o que levou João Pereira a procurar a Folha do Mate em busca de informações sobre o cronograma de trabalho. “É um para e recomeça que deixa a gente desconfiado”, comentou ele em relação a Linha Sapé.

A secretária de Planejamento e Urbanismo, Jalila Stahl Böhm Heinemann, explicou ontem que as obras estão em ‘stand by’ na localidade em virtude da necessidade de tempo para a compactação do solo. “As máquinas foram desmobilizadas pela empresa porque o macadame, que é rachão e pedra, já foi colocado. Agora, teremos um período para o acompanhamento do fluxo normal dos veículos, que também é uma etapa de engenharia, de compactação do solo”, esclareceu. De acordo com ela, em breve o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) deverá enviar a Venâncio Aires uma equipe técnica para o chamado ‘ensaio de viga’, método que tem como objetivo a determinação de deflexões (alteração ou desvio da posição natural) recuperáveis em pavimentos e conhecimento da capacidade estrutural.

CRONOGRAMA

Jalila afirmou que as obras em Linha Sapé estão dentro do cronograma, embora o Daer ainda não tenha enviado recursos. “Estamos executando o primeiro trecho, de cerca de um quilômetro, com valores referentes à contrapartida da Prefeitura, que é de pouco mais de R$ 2 milhões. Garantimos, assim, o início das atividades”, declarou. A titular do Planejamento e Urbanismo acrescentou ainda que participa de um grupo de WhatsApp com moradores de Linha Sapé e costuma informar sobre as etapas das obras. “O pessoal está sabendo. São questões de projetos e, em seguida, devemos ter as camadas subsequentes, momento em que já vai aparecer o asfalto propriamente dito. Os trabalhos não estão parados”, reforçou.

No Corredor dos Gauer, drenagem garante a ‘paisagem’ com máquinas, caminhões, trabalhadores e material (Foto: Carlos Dickow/Folha do Mate)

EXPECTATIVA

Se em Linha Sapé as máquinas estão ‘desaparecidas’ nos últimos dias, no Corredor dos Gauer elas podem ser facilmente encontradas. Isso porque os trabalhos, no momento, se concentram bem nas proximidades da ERS-422, onde está sendo executada a drenagem da via. Galerias enormes devem garantir que, após o asfaltamento, cenas de água empossada nunca mais sejam vistas no local. É o que espera o casal Luiz da Luz, de 70 anos, e Olciria Rita da Luz, de 61 anos. Eles moram no local desde 1989 e, agora, acreditam que vão viver para ver a pavimentação. “Tudo leva a crer que será o último verão com poeira. Ainda devemos ter um inverno com barro, mas no ano que vem as coisas devem estar resolvidas”, disse Luiz.

O aposentado destacou também que as residências do Corredor dos Gauer serão valorizadas, após muitos anos de depreciação em razão das enxurradas e alagamentos. “Vai ser um sossego pra gente pelo simples fato de não precisar mais ficar apavorado em dias de chuvarada”, comentou. Oliciria também lembrou das “promessas pra mais de metro” durante tantos anos, mas agora, vendo que as obras estão andando, consegue ter confiança na concretização da demanda. “A gente sabe que tudo que é público é demorado, burocrático e difícil, mas custaram demais para dar a atenção merecida ao Corredor dos Gauer. Só esperamos que, de uma vez por todas, esta situação seja resolvida aqui na nossa rua”, completou a dona de casa.

Luiz e Olciria residem no Corredor dos Gauer e acompanham as obras (Foto: Carlos Dickow/Folha do Mate)

OBRAS

  • Corredor dos Gauer: Com financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Administração pavimentará 2.276,57 metros de extensão por 11,60 metros de largura. Além do asfalto, serão feitas as obras de terraplanagem, drenagem e ainda a sinalização viária, com um investimento de mais de R$ 6 milhões. A empresa responsável é a RGS Engenharia S.A.
  • Linha Sapé: Com recursos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) – cerca de R$ 4,2 milhões – e contrapartida da Prefeitura de aproximadamente R$ 2,3 milhões, serão asfaltados 5,8 quilômetros ligando os bairros Santa Tecla e Bela Vista. A empresa responsável é a Avantte Engenharia e Participações.


Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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