Já faz 25 anos que João Inácio Helfer, 56 anos, investiu na Armando Ruschel. Por muito tempo, a Helfer Materiais de Construções funcionou em um espaço comercial alugado, que era na mesma via, mas em outro ponto.
“Quando pensei em ter um prédio próprio sabia que queria continuar nesta rua, pois é uma das melhores para investimentos e a vizinhança é muito boa.” Em 2011, aconteceu a mudança de local e a família começou também a morar na Armando Ruschel. “A questão de morar aqui foi mais por causa da comodidade de morar no local de trabalho”, coloca.
Os anos como morador e empreendedor no local garantiram a Helfer muito aprendizado, amizades e histórias. Ele lembra que, no início, a área onde a empresa está hoje era toda de mato de eucalipto. “Antes de ter o bairro Cidade Nova, nem a rua Cláudio Reckziegel existia, pois era uma trilha. Hoje ela é uma das principais”, observa.
O empreendedor recorda, ainda, que nos primeiros anos da loja não havia tanta tecnologia e os pagamentos eram feitos com cheques. “O pessoal do interior vinha mais para a cidade e trocavam cheques para comprar. Hoje em dia é tudo pelo cartão ou por transferências”, comenta.
Além disso, uma curiosidade é que só depois de quatros meses de estabelecimento, Helfer conseguiu alugar um telefone celular, o famoso ‘tijolão’. “Eu pagava mais de um salário pelo aluguel do celular. Antes de conseguir, um minha esposa ia até a CRT para fazer ligações aos fornecedores e realizar os pedidos.”
Mais de meio século na Armando Ruschel
Na década de 1960, Evaldino Pires, 75 anos, veio do interior, Linha Sapé, para morar na rua Armando Ruschel, no bairro Gressler. Ele lembra que, há 58 anos, pagou muito pouco pelo imóvel. “Era uma casa pequena que tinha aqui. O dinheiro era valorizado, não sei que dinheiro diferente era”, comenta. Com o passar dos anos, reformou a casa duas vezes. “Depois de aposentado que arrumei ela como está agora.”
Quando Pires se mudou, a rua era de estrada de chão, passavam muitos ônibus e havia poucos estabelecimentos. Além disso, o trecho logo depois do posto de saúde já era considerado interior. “Tinha poucas casas aqui por perto e só um boteco para fazer compras.”
Sobre os pontos que ainda precisam melhorar na rua, ele acredita que é preciso colocar uma sinaleira, além de mais quebra-molas. “É muito difícil atravessar na faixa, os veículos andam muito ligeiro”, ressalta. Mesmo assim, Pires adora o local que escolheu para morar. “Eu não trocaria minha casa, eu gosto deste bairro.”