INFOGRÁFICO: apreensão de cocaína, incêndio criminoso e a maior apreensão de armas da história de Venâncio; os fatos policiais que marcaram a semana

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Mesmo que estejam presos três envolvidos no incêndio criminoso praticado há oito dias, contra a loja da esposa de um policial militar, no Centro de Venâncio (e que atingiu uma segunda loja), o trabalho da Polícia Civil e da Brigada Militar ainda terá outros capítulos. Um quarto indivíduo teve a prisão preventiva decretada e está foragido. A polícia ainda trabalha para reunir provas e responsabilizar outras três pessoas: duas por terem comprado a gasolina e a outra, por ser a mandante do sinistro.

O que a Polícia Civil e a Brigada Militar – e também o Ministério Público – sabem é que este ato criminoso tem relação direta com a apreensão de mais de 4,5 quilos de cocaína, feita na quarta-feira, 22. A represália foi direcionada à loja da esposa de um dos policiais que fizeram a apreensão. Tudo o que existia dentro da loja de variedades e na loja ao lado, de manutenção e vendas de celulares, foi consumido pelo fogo.

A partir deste episódio foi deflagrada uma ofensiva contra o crime e a cidade foi tomada por forças policiais vindas de outros municípios. E, quando necessário, helicópteros da BM auxiliaram no trabalho feito por terra. Estas tropas continuarão no município por tempo indeterminado e os resultados são altamente satisfatórios.

Prova disso foi a apreensão de armas feitas no final da noite de quinta-feira, 30, a maior da história da Capital Nacional do Chimarrão. Ao comentar a ofensiva, a capitão Michele da Silva Vargas destacou a ousadia dos membros de uma facção criminosa e grifou que as ações não terminaram e terão continuidade. “Não se mexe com a família”, grifou a comandante da 3ª Companhia.

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Criação: Rodrigo Kist/Folha do Mate

Atrevimento

O promotor Pedro Rui da Fontoura Porto acompanha de perto os desdobramentos e avalisou os pedidos de prisão feitos pela Polícia Civil. Com relação a um dos indivíduos preso, disse que ele confessou sua autoria e do seu comparsa no incêndio criminoso. “Mas com certeza, estes agentes imediatos da ação criminosa não tomaram a iniciativa sozinhos, sendo eles a ‘longa manus’ dos verdadeiros autores intelectuais da ação criminosa, já conhecidos nesta região por seu profundo envolvimento com o tráfico de drogas e seu ‘modus operandi’ irrefletido e inconsequente.

Pedro Porto destaca que chama a atenção o atrevimento e a impulsividade dos mandantes do crime “Pois determinaram a ação criminosa tão de imediato que salta aos olhos o vínculo causal com a apreensão significativa de cocaína realizada dois dias antes por uma equipe chefiada pelo policial vítima”.

Nesse caso, segue o representante do Ministério Público, além do crime de incêndio doloso, eles deverão responder por coação no curso do processo e organização criminosa.

Saiba mais

Tudo o que existia no interior das duas lojas atingidas pelo incêndio criminoso foi consumido pelo fogo, em um prejuízo estimado em R$ 700 mil. Por isso, foram criadas maneiras de auxiliar as vítimas. Quem quiser ajudar a esposa do policial pode fazer um depósito através do Pix (CPF) 573.207.800-20, em nome de Rosane, ou pela vaquinha ‘on line’ benfeitoria.com. Para auxiliar a família que tinha a loja de manutenção de celulares, podem ser feitos depósitos pelo Pix com a chave celular 51-985454650, em nome de Manucell.



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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