Lazer e entretenimento às margens do Taquari

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O pé na areia, a caipirinha… A letra interpretada pelo sambista Diogo Nogueira também serve para a região de Vila Mariante, no 2º Distrito de Venâncio Aires, onde os banhistas trocam a água salgada do mar, que é a referência da música, pela tranquilidade das margens do rio Taquari. Em meio a um verão marcado pela repetição de temperaturas acima dos 35º graus, a localidade voltou a se tornar ponto turístico para quem procura destinos que fogem dos tradicionais.

O rio Taquari banha toda a região central de Mariante, com acesso livre e a facilidade de uma programação sem custos elevados, como geralmente ocorre no Litoral. São duas rampas principais para descer com o carro até próximo das margens e outros acessos menos abrangentes, onde é possível chegar apenas a pé. A tranquilidade e limpeza das águas também colaboram para as visitas, sendo que o rio não tem grandes pontos de profundidade, gerando poucos riscos para os banhistas menos acostumados.

Os porto-alegrenses Airton da Silva, 65 anos, Leonir Leal, 56, e Moisés Oliveira Teixeira, 67, vêm anualmente aproveitar as águas do rio Taquari. Eles partem direto da capital gaúcha, apenas com um carro, cadeiras e linhas de pescar. “A gente sempre diz que vai fazer uma pescaria, mas a intenção mesmo é fazer um churrasco, colocar uma linha no rio e aproveitar o dia sentado com os pés na água. Normalmente viemos para passar o dia inteiro, às vezes dois dias direto”, destaca Silva. O trio comenta que procura vir sempre que pode, contudo, acaba ficando apenas entre uma e duas vezes ao ano. “A última vez que viemos foi no ano passado. Dessa vez nos programamos e pretendemos vir em setembro novamente”, completa Silva.

Reflexos no comércio

O turismo gerado pelo rio tem impactos positivos no comércio local. Segundo o açougueiro do Mercado Frey – que fica na rua da principal rampa de acesso ao rio -, Marcos André do Couto, de 40 anos, na temporada de verão, quando as águas do Taquari recebem os turistas de braços abertos, o movimento pode dobrar em relação a dias normais. “Em dias de semana é mais o pessoal da região, em fins de semana vem gente de Venâncio e a maioria das casas de veraneio ao redor do rio são de gente da serra gaúcha, então o estabelecimento chega a lotar”, frisa.

Entre os produtos mais procurados estão carnes, verduras e bebidas, para que os visitantes possam aproveitar os dias com tranquilidade. “A galera vem para ficar no rio e fazer um churrasco. Abrimos no sábado, o dia todo, e no domingo, pela manhã, mas o movimento já começa na sexta-feira”, pontua.

Contudo, não são apenas os mercados que comemoram a época. Na Padaria Tribom, localizada ao lado da rodoviária, os efeitos também são positivos. De acordo com a atendente Tamires do Couto, de 34 anos, as vendas quase dobram nesse período. “Vem bastante gente de fora, o que aumenta o movimento, praticamente dobra. Sai bastante pastel e pão, porque eles compram para ir para as margens do rio e ficar o dia todo por lá.”

“Na temporada de verão, quando o rio está bom, o movimento dobra.”

MARCOS ANDRÉ DO COUTO

Açougueiro do Mercado Frey



Leonardo Pereira

Leonardo Pereira

Natural de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, jornalista formado na Universidade de Santa Cruz do Sul e repórter do jornal Folha do Mate desde 2022.

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