Desde que foi criado, em 2009, o programa federal Minha Casa, Minha Vida tem sido opção para diversas pessoas para viabilizar o sonho da casa própria. O financiamento possibilita compra de casas, geminados ou apartamentos prontos ou ainda a aquisição de terrenos para construção do imóvel.
Neste ano, a alteração em algumas regras do programa habitacional facilitou o acesso ao financiamento, que pode ser feito em até 420 vezes. Entre as principais mudanças estão a redução na taxa de juros e o reajuste do teto do valor dos imóveis, de R$ 169 mil para R$ 190 mil, em Venâncio Aires. “Já não se conseguia muitos imóveis na antiga faixa de preço, então essa foi uma alteração muito importante”, observa o sócio-proprietário da Aliança Imóveis, Juliano Ferreira.
Outra modificação foi a ampliação do subsídio do Governo Federal para quem tem renda de até R$ 4,4 mil, sendo que o valor do auxílio varia conforme os rendimentos do beneficiário. O máximo é de R$ 46.286,00 para pessoas com renda de até R$ 1.250,00 e que tenham dependentes.
Entre as novidades do Minha Casa, Minha Vida também está a abrangência de pessoas com uma faixa salarial mais elevada. Quem ganha de R$ 4,4 mil até R$ 8 mil tem a possibilidade de adquirir imóveis de até R$ 350 mil. “O juro é diferente, mas ainda assim bem abaixo do mercado. É uma boa opção para quem deseja um apartamento ou casa de um padrão melhor”, comenta Ferreira.
A corretora de imóveis da Aliança, Camila Müller, acrescenta que, com as novas regras do Minha Casa, Minha Vida, ampliou-se a oferta de imóveis, com diversidade de preços e características conforme o desejo e as possibilidades de cada pessoa. Outro aspecto destacado por ela é o quanto as construções financiadas pelo programa federal têm tido um padrão estético e estrutural melhor, contribuindo para o visual dos bairros de Venâncio.
Uma das exigências atuais do programa é a construção das casas com chapa e maioria tem optado também pelo uso de telhas. Percebe-se que as construtoras também têm tido um grande capricho, com mais detalhes nesses imóveis”, cita Camila.
“O financiamento de imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida é o que mais movimenta o setor, pois a taxa de juros é muito baixa. Ele é muito bom para o município pois são milhões de reais injetados todo ano. Novos loteamentos foram criados, há padronização com calçamento, a cidade está crescendo de forma bonita e organizada.”
JULIANO FERREIRA – Sócio-proprietário da Aliança Imóveis
As mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida
- Redução da taxa de juros
- Ampliação do subsídio para quem tem renda de até R$ 4,4 mil
- Reajuste no valor dos imóveis abrangidos – teto de R$ 169 mil para R$ 190 mil
- Possibilidade de aquisição de imóveis de até R$ 350 mil para quem tem renda de R$ 4,4 mil a R$ 8 mil
A concretização do sonho de Tatiana e Fernando
De forma geral, o perfil das pessoas que buscam o Minha Casa, Minha Vida é o de jovens que estão ‘começando a vida’ e desejam adquirir o primeiro imóvel. Foi assim com Tatiana Luize da Silveira, 23 anos, e Fernando Fengler. 28 anos. Em dezembro de 2021, o casal começou a procurar um local para morar na cidade. Na época, já moravam juntos em Linha Brasil, no interior de Venâncio Aires, com a família de Fernando, mas se deslocavam diariamente até o centro da cidade para trabalhar.
Tati explica que, como os dois são naturais do interior – ela é de Linha Araçá, em Santa Cruz do Sul – havia um certo receio sobre a adaptação em um apartamento. Entretanto, encontraram uma opção que agradou à primeira vista, ao assistirem a um vídeo divulgado pela Aliança Imóveis.
“Quando vi que era um apartamento com pátio fechado, o olho brilhou. Mostrei pro Nando e logo fomos conhecer. Foi o primeiro apê que fomos olhar e eu já imaginei as flores no pátio”, conta a moradora do condomínio Recanto dos Pássaros.
Na hora de fechar negócio, a boa localização do prédio, que fica no bairro Aviação, e a existência de garagem coberta e área de lazer foram diferenciais. “É um condomínio familiar, muito calmo. É muito bom de morar aqui. Também pela praticidade de estarmos perto do trabalho”, elenca Tati.
Outro aspecto destacado por ela é o suporte da imobiliária no encaminhamento de todos os processos do financiamento. O casal se mudou para o apartamento próprio em fevereiro do ano passado. “Hoje pagamos menos do que aluguel e, embora seja por muito tempo, é algo nosso. Um imóvel sempre é um bom investimento”, analisa Tati que é estudante de Administração e estagiária na Cooperativa Sicredi.
O pátio privativo, que foi decisivo na hora de adquirir o apartamento, foi sendo transformado aos poucos, para se tornar o cantinho mais especial do imóvel, que pode ser acessado pela sala de estar. O casal providenciou a construção de um pergolado; uma calçada com bloquetos foi feita pelo próprio Fernando; e eles também realizaram todo o paisagismo do espaço, com várias plantas.
“Sempre vou trazendo mais plantas e tornando nosso pátio mais bonito. Saímos do interior mas o interior não saiu de nós”, brinca Tati. “Muitas pessoas não gostam de cortar grama, mas para nós é um prazer, traz a sensação de morar em uma casa. Agora nossos melhores momentos são curtindo o nosso lar.”
