A Folha do Mate chega na casa da aposentada Ilga Maria Rabuske, 87 anos, por volta das 10h30min. Enquanto a moradora de Linha Brasil realiza algumas atividades de rotina, Pingo já está de ‘olho’ no entregador para sair correndo e levar a edição até as mãos da tutora. Assim que o cachorrinho escuta o barulho da moto do entregador do jornal, já vai encontrá-lo.
“Ele não come nada até o jornal chegar e quando ele vem para me entregar o jornal, dou um agrado para ele”, comenta a aposentada. Às vezes, enquanto está lavando a louça do café da manhã, Pingo deixa o jornal atrás dela e senta no banquinho para esperá-la.
Ilga costuma ler a Folha do Mate na parte da manhã, num cantinho especial na área de casa, ou na cozinha. Desde que a aposentada fraturou o fêmur, ela costuma ler com o perna apoiada em uma cadeira, a mesma do Pingo, o companheiro de leitura. “Às vezes, eu leio o jornal do início ao fim. A capa é a primeira porque ali já está tudo explicado. Também gosto de ler a coluna em alemão, os anúncios de falecimento e a previsão do tempo”, afirma.
JORNALEIRO AJUDANTE
Ilga mora com o filho José Emílio Rabuske, 62 anos, a nora, Maria Inês Fengler Rabuske, 60 anos, e o fiel companheiro Pingo. Segundo Rabuske, mesmo quando a família não está em casa, o cachorro pega o jornal e espera eles retornarem. “Às vezes, ele até deita em cima do jornal para ter a certeza que está bem cuidado. No início, ele não levava muito jeito e entregava algumas páginas rasgadas”, comenta Rabuske, que já é assinante da Folha do Mate há mais de 20 anos.
Dona Ilga ganhou o Pingo de presente das netas Carla Weber e Caroline Rabuske, há seis anos. “Ele aprendeu a fazer isso, quando minhas filhas ainda moravam conosco. Uma delas sempre atirava brinquedos e ele saia correndo para pegar”, recorda Rabuske.
Todos os dias em que o casal vai para a lavoura, os outros dois cachorros, Pluto e Nick, acompanham os tutores, menos o Pingo, ele fica de ‘dono de casa’, cuidando da avó, como Ilga costuma ser chamada pela família.
