Durante a reunião dos cinco polos ervateiros do Rio Grande do Sul realizada na quinta-feira, 15, no escritório regional da Emater/RS-Ascar, em Passo Fundo, foi definida uma articulação entre os municípios produtores de erva-mate que integram o Programa de Qualidade e Valorização da Erva-Mate, executado pela Emater/RS. O objetivo é fomentar o turismo rural nos municípios produtores de erva-mate.
Um dos focos deste programa, segundo o extensionista rural do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Alex Davi Gregory, é fazer a divulgação e mostrar para o estado, país e até para o mundo, os benefícios da erva-mate e o funcionamento de toda cadeia produtiva. “Pensando nisso, foi formado um grupo de técnicos, uma ideia pensada recentemente para trabalhar o turismo rural associado à produção da cultura”, salienta.
Além de Gregory, Venâncio Aires esteve representado pela coordenadora do Departamento Municipal de Turismo, Angélica Diefenthäler e por Rejane Pastore, da Escola do Chimarrão.
No Polo Ervateiro dos Vales, onde Venâncio Aires é o maior produtor e sede do polo, segundo Gregory, a questão do turismo rural vem sendo trabalhada com a Rota do Turismo Rural. “O que está se querendo buscar é uma divulgação maior daquilo que acontece nos bastidores, mostrar para o mundo, por meio da mídia social, jornais, internet, o que está sendo trabalhado e um polo fazer a divulgação das rotas turísticas dos demais polos, sem esquecer o foco principal, que é a erva-mate”, frisa Gregory.
“Temos exportação e produção e o que se busca é fazer uma junção do trabalho, que é a produção de erva-mate com o turismo rural.”
ALEX DAVI GREGORY – Extensionista rural da Emater
SÍMBOLO
Segundo Angélica Diefenthäler, na reunião de Passo Fundo ainda foi debatida a criação da Rota Estadual da Erva-Mate. Cada polo produtor tem uma característica diferente, e o Polo Ervateiro dos Vales, que tem a sede em Venâncio Aires, vai trabalhar o chimarrão, enquanto os outros trabalham mais a questão da produção e do processo da bebida típica. “Isto vem ao encontro dos nossos anseios de transformar o chimarrão, que é tão popular, num produto turístico de venda. Para nós é um hábito comum, porém, ele é uma bebida diferente e isto vem somar a uma ação do estado de vender o chimarrão, a bebida-símbolo como um produto turístico”, frisa.
Angélica observa que no Centro de Atendimento ao Turista, as pessoas que vêm de fora sem sempre querem provar o chimarrão, mas desejam tirar uma foto com ele. Ou seja, isso mostra que o chimarrão é uma marca forte do município, faltando, segundo ela, agregar valor e saber vendê-lo, destacando as diversas propriedades medicinais e nutracêuticas que são benéficas para a saúde, a exemplo de outros polos, que sabem vender o vinho. “Como somos a Capital Nacional do Chimarrão, temos que estar à frente de muitas questões, pois quando um turista visita uma capital nacional, a expectativa dele é encontrar mais elementos que reforcem esta identidade.”
“É importante vender o chimarrão de uma forma mais comercial, não apenas como o amargo que faz bem, e sim, de uma forma mais positiva, desmistificando a questão do amargor, pois hoje existem ervas mais suaves.”
ANGÉLICA DIEFENTHÄLER – Coordenadora do Departamento de Turismo
Termo de cooperação da Expointer
Na reunião realizada na última quinta-feira, 15, ficou definido que os cinco polos assinarão um termo de cooperação. O documento será assinado segunda-feira, 26, durante a 42ª Expointer, no espaço da Emater/RS-Ascar.
Após a apresentação no dia 26, os polos cumprirão uma agenda de divulgação até o mês de 2020, quando será lançada Rota Estadual da Erva-Mate. No mês de outubro, no Paraná, ocorrerá um evento florestal mundial, no qual vai ter um espaço destinado para o setor ervateiro.