Desde o dia 4 de maio, quando o prefeito Giovane Wickert anunciou que tinha sido infectado pelo coronavírus, muitas dúvidas e boatos foram gerados em torno da informação. Por pessoa pública que é, ele passou a ser assunto em rodas de conversas e também nas redes sociais. Se de um lado havia quem prontamente prestava solidariedade, de outro estavam algumas pessoas que colocavam a situação em xeque, apontando especialmente o fato do ano eleitoral e a possibilidade de Wickert se aproveitar disso.
No site de relacionamentos Facebook e em grupos de WhatsApp, os comentários se acumulavam. Inicialmente, o prefeito não se manifestou a respeito. Ontem, no entanto, após ser indagado pela reportagem da Folha do Mate, concordou em apresentar o laudo do exame e autorizou a publicação do mesmo, que traz a confirmação de que foi acometido pelo coronavírus. O teste de PCR foi feito no dia 30 de abril.
Ao comentar sobre a repercussão, Wickert afirmou que “esperava mais empatia das pessoas”, pois segundo ele, “em vez de fazer um julgamento precipitado, era melhor se colocar no lugar de quem está infectado, passando por um momento de preocupação”. De acordo com o prefeito, “as piores suposições foram aquelas com cunho político, como se eu tivesse a capacidade de usar uma coisa dessas politicamente”.
“Um dia ouvi de uma pessoa o seguinte comentário: ‘Prefeito, o senhor aí se expondo, na linha de frente, infectado pelo coronavírus e algumas pessoas duvidando’. Fui obrigado a concordar que, infelizmente, temos muitas pessoas que preferem a maldade do que a empatia.”
GIOVANE WICKERT – Prefeito de Venâncio Aires
Protocolos
Wickert disse que acredita que seus familiares e colegas mais próximos de trabalho acabaram não sendo infectados pelo fato de ele seguir os protocolos informados pelas autoridades de saúde. “Usar máscara, higienizar as mãos constantemente e até ter cuidado com roupas e calçados ajudam para que a doença não seja transmitida. Creio que, como não tive tosse, espirro ou coriza, fui transmissor menos potencial”, comentou.
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