Servidores da Secretaria de Meio Ambiente e o prefeito Jarbas da Rosa participaram, na manhã de quarta-feira, 5, de reunião virtual com integrantes do Movimento Pró-matas Ciliares do Rio Taquari. O encontro teve como objetivo somar esforços, com foco na recuperação da mata no entorno do rio Taquari, após as enchentes históricas registradas no mês passado.
Venâncio Aires foi o primeiro município a buscar a parceria com o Movimento, grupo que reúne mais de 130 profissionais de diferentes áreas e tem como objetivo auxiliar na recuperação das margens dos rios e encostas. Uma das lideranças do Movimento, a professora da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Elisete Maria de Freitas, explica que a ideia é se reunir com lideranças regionais para ouvir demandas, debater e fomentar ações.
“Tem se falado muito em recuperação econômica, mas o meio ambiente está sendo ignorado. Não ouvimos falar em recuperar a mata ciliar, as encostas onde houve deslizamentos”, observou a bióloga e doutora em Botânica.
A secretária de Meio Ambiente, Carin Gomes, ressaltou a preocupação do Município com a situação, já que além da enchente do Taquari, diversos deslizamentos aconteceram na região serrana de Venâncio. “Essa parceria com o Movimento é muito importante porque temos consciência de que não adianta um município sozinho atuar nessa questão, é preciso um trabalho conjunto.” Uma nova reunião deve ocorrer nas próximas semanas. Uma das ideias é a realização de um seminário sobre o tema, na Capital do Chimarrão.
Entre as sugestões do prefeito Jarbas da Rosa está a criação de um fundo de arrecadação regional para viabilizar a recuperação da mata ciliar. Ele também destacou a importância do programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), como uma estratégia de preservação. Em Venâncio, o PSA está iniciando em propriedades com nascentes protegidas.
“Precisamos avançar no PSA, ampliar para outros municípios e pensar em abranger também as áreas de mata ciliar de arroios e rios”, sugeriu. Outro aspecto abordado por ele foi a necessidade de conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar as Áreas de Preservação Permanente (APPs), onde não pode haver construções.