A Páscoa sempre foi um dia de muita alegria para a família de Luciana Bittencourt Bartholdy e Marcos Bartholdy. Porém, neste ano, esses momentos foram vividos com mais intensidade antes da data. Por causa da pandemia de coronavírus, Lu, como é conhecida, está de resguardo em casa com os filhos, Rafaela e Ryan Bartholdy, de 6 e 17 anos respectivamente.
Diferente de outros anos, quando a família simplesmente comprava os presentes uns dois dias antes da Páscoa, neste ano, eles mesmo prepararam algumas coisas. Há cerca de um mês, começaram a guardar cascas de ovos para pintar. Na última semana, as tintas têmperas e os pincéis passaram a ser os aliados da família. “Foi uma coisa nova para todos. A Rafa, por ser menor, achou tudo muito legal, isso vai marcar a vida dela”, salienta a mãe.
Em meio à produção, Rafa lembrava do carinho que tem pelos vós, dindos e pais. “Pintava uma casquinha de azul, porque a dinda gosta de azul, uma de amarelo que era para a mãe, porque é uma cor que ela gosta. Assim ela foi dedicando uma para cada pessoa”, comenta Lu. A família também fez os amendoins para preencher as cascas e coloriu desenhos sobre o tema.
“É uma Páscoa diferente do que estamos acostumados, porque, pela primeira vez, fizemos tudo com calma e todo mundo ajudou. Está sendo uma semana muito especial em família.”
LUCIANA BITTENCOURT BARTHOLDY – Mãe de Rafaela e Ryan
Os enfeites da casa foram colocados pela menina que está animada para a chegada do Coelho da Páscoa. “Normalmente, passamos o domingo de Páscoa na casa da minha sogra, chegamos lá e está tudo arrumado. Dessa vez será diferente, estamos organizando tudo para ser nós quatro em casa. Então até a decoração foi feita antes e mais elaborada”, conta Lu, que está feliz com o engajamento dos filhos.
Além disso, Rafa também fez um ninho para que o Coelhinho encha de guloseimas e escreveu uma carta para ele. “Na inocência de criança, ela pediu um ovo do Luccas Neto e que o coronavírus fosse embora, porque ela quer ir à escola.”
REFLEXÃO
Para Luciana, a quarentena tem um lado bom, pois resgatou a convivência familiar. “No cotidiano é tudo muito corrido, é mais fácil comprar pronto, mas com esse tempo em casa tivemos como lembrar essas coisas simples, como pintar casquinhas”, observa.
Uma tradição que a família sempre seguiu é fazer patinhas de coelho e caça de ninho no domingo. “Como são coisas mais fáceis, procuro fazer essas brincadeiras, como os rastros do coelho”, afirma Luciana.
Ela também destaca que esses momentos eram comuns na sua infância. “Durante toda atividade de pintar as cascas de ovos, eu contava as histórias para a Rafa e para o Ryan, sobre como a minha mãe fazia isso quando eu era pequena e que a mãe do meu marido também tinha essa tradição. Foi um momento de lembranças boas”, enfatiza.
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