A Prefeitura de Venâncio Aires apresentou o plano de contingência para o enfrentamento da dengue. Durante a apresentação do material foi ressaltada a importância da população redobrar os cuidados para evitar um risco de surto da doença. A evento foi realizado sexta-feira, 13, à tarde, no Plenário Vicente Schuck, da Câmara de Vereadores.
Neste ano foram confirmados três casos e o mais recente foi durante o inverno, considerado um período atípico para o desenvolvimento da doença. Acompanharam a apresentação do plano servidores das secretarias da Saúde e da Educação e do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM).
Foram apresentados protocolos para uniformizar o atendimento aos casos suspeitos e, ao mesmo tempo, para também dar agilidade aos tratamentos, já que a doença pode ser fatal. Todas as unidades básicas de saúde do município estão aptas para fazerem o acolhimento dos pacientes.
As notificações da doença são classificadas em quatro faixas, sendo que a terceira e quarta necessitam de rápida intervenção. No quarto caso é recomendável ainda que o paciente seja internado de forma imediata na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme ressaltou em seu pronunciamento a médica infectologista Sandra Knudsen.
Pelo plano de contingência para o enfrentamento da dengue, apresentado pela enfermeira do Centro de Atendimento a Doenças Infecto-contagiosas, Carla Lili Müller, podem ser realizados a partir do próximo ano mutirões de limpeza e recolhimento de lixo e entulhos em determinadas áreas e bairros.
EXÉRCITO
Ao mesmo tempo também pode ocorrer nova parceria com o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB), de Santa Cruz do Sul, para que o Exército auxilie no combate ao mosquito Aedes aegypti em Venâncio Aires. No primeiro semestre, em dois fins de semana, os militares estiveram na cidade.
Os soltados auxiliaram nas vistorias em residências, com a intenção de conscientizar a comunidade sobre ações preventivas necessárias. “Caso seja necessário essa parceria pode ser retomada e novas vistorias podem ser realizadas em conjunto entre Prefeitura e Exército”, informa Carla Lili.
No primeiro semestre, a partir de informações divulgadas pelo Governo do Estado, a Capital Nacional do Chimarrão já aparecia na lista de mais de 320 municípios gaúchos considerados infestados pelo vetor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
SINTOMAS
• Febre alta, 38.5ºC
• Dores musculares intensas
• Dor ao movimentar os olhos
• Mal-estar
• Falta de apetite
• Dor de cabeça
• Manchas vermelhas no corpo
(Fonte: Ministério da Saúde)
SAIBA MAIS
Dengue tem cura?
A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.
Como é feito o diagnóstico da dengue?
O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido (usado para triagem).
Como é feito o tratamento da dengue?
Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico. A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. A dengue não é transmissível de pessoa a pessoa e não provoca sequelas, se tratada corretamente.
Como prevenir a dengue?
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Medidas simples pode ser adotadas, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d´água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas e pneus). (Fonte: Ministério da Saúde)