Todos os dias, por volta das 6h30min, Cristiane Rafaela Faleiro, 33 anos, tem a mesma rotina: acordar e ‘tratar’ os 15 animais de estimação. A tarefa demanda, em média, uma hora. A fotógrafa sempre gostou de animais e tinha cachorros. Mas, aos poucos, sua casa se transformou em um ‘minizoológico’, com cabrito, cavalo, tartaruga, cães e pássaros.
Faz um ano que o marido da Cris, Victor da Cruz, 35 anos, mais conhecido como Pingo, comprou um ‘cortador de grama’, que se chama Bill. O cabrito é conhecido pelos amigo do casal e tem até página no Facebook, onde os donos publicam sobre a rotina do bicho. O filho Thales Faleiro da Cruz, 8 anos, comenta que Bill é sapeca e sempre tenta entrar na casa para fazer bagunça. “Ele acha que é um cachorro, come as rações do cavalo e dos cachorros e até balança o rabo”, diz o menino.
Bill gosta de correr, brinca de ‘lutinha’ com o menino e adora crianças. Segundo Cristiane, quando chega em casa é uma gritaria dos bichos, pois todos querem atenção. “Temos sempre que chegar entre dois, porque os cachorros querem atenção e o Bill tenta entrar na casa.” O cabrito já comeu roupas, virou sacos de ração e tentou tomar chimarrão. “Ele é um furacão, mas já nos acostumamos.”
Os animais sempre chegam na família, por doação ou adoção. Depois de um temporal, a família viu um bicho na piscina e achou que era uma cobra, mas quando foram olhar era uma tartaruga, que hoje é conhecida como Tafarela. Ela tem uma casinha, onde passa o dia nadando. “Achávamos que era um macho, mas ela teve filhotes e passou de Tafarel para Tafarefa”, conta a fotógrafa.

Na casa também tem o cavalo Ventania, os cachorros Pink, Magricela, Tcheise, a Louca e mais dois filhotes, os pássaros Pitu, Pituca, Jaguar, Bilin, Rolin e a Charlote. São diferentes animais na mesma casa, e Cris ainda comenta que tem o sonho de ter uma girafa. “Se desse para ter eu queria, mas sei que não tem como.” Ela também conta que o cavalo já se acostumou com o horário de receber comida pela manhã. “Quando o Pingo abre a janela, o Ventania já relincha, é como se estivesse dando bom dia”, lembra.
Desde que Thales nasceu, ele convive com a Pink. “Quando ele veio para casa, a Pink ficou doente, teve que ser cuidada igual criança. Depois se acostumou com ele. Hoje a cadela tem 11 anos e quando chegamos em casa vai direto no Thales, antes de ir em mim”, retrata Cris. Para o filho aprender mais sobre como cuidar dos animais, ele ganhou um filhote de cachorro, O Tcheise, que é filho da cadela Louca. “Eu ia doar todos os filhotes, mas ele queria ficar com um, então achei importante ele ter esse convívio e responsabilidade. E também de ter um amigo, porque quando se cria um cachorro, se tem um parceiro”, destaca a mulher.
“Eles fazem parte da família. Os animais são os melhores amigos da gente.”
THALES FALEIRO DA CRUZ
Estudante