A eleição municipal deste ano foi diferente para todos. A máscara facial, o álcool em gel e a caneta foram ferramentas indispensáveis neste domingo,15. Além disso, os mesários tiveram que orientar a todos para evitar aglomeração, por isso, nos locais de votação foram colocados adesivos no chão para indicar a distância necessária entre as pessoas. Com o intuito de evitar o contágio de Covid-19 e tornar o processo de votação mais ágil, neste ano também não ocorreu a identificação biométrica.
Há muitos anos, Carlos Alexandre Rodrigues, 31 anos, é mesário na Sociedade Olímpica Venâncio Aires (Sova). A seção que ele atua, neste ano, não ficou sem urna, e os eleitores foram realocadas para outra seção, no mesmo local. “Estamos aqui orientando os eleitores e explicando que estamos com menos urnas”, explana.
Para evitar contágio de coronavírus, os mesários receberam kits com álcool em gel, máscara descartável e lenço umedecido. “Temos máscara para caso alguém venha sem, mas não aconteceu nenhum caso assim. Também é oferecido álcool para passarem antes e depois de votar e lenço para passar na urna”, esclarece.
Sem a biometria, Rodrigues observa que muitas pessoas baixaram o aplicativo com título de eleitor digital, o que evitou o contato de papel. “Ajudou a amenizar as filas e a evitar aglomeração.”
Agilidade
Para o fiscal de urna da Associação São Judas Tadeu, de Grão-Pará, Eduardo Luiz Stertz, 41 anos, sem a biometria as filas andaram mais rápido, por isso ele avalia que funcionou melhor que em anos anteriores. “As pessoas chegam, votam e saem, é tudo mais rápido, não ficam nem conversando como em outros anos”, observa.
Sobre o uso de máscara e álcool, Stertz diz que foi tranquilo, pois ninguém chegou sem máscaras e todos usaram o álcool. “A maioria também já chega com caneta própria”, observa.
“O voto é democracia”, diz eleitora
Silvana Kist, 61 anos, é exemplo de força de vontade ao exercer a democracia. Mesmo com dificuldades para caminhar, pois tem raquitismo (deficiência causada por falta de vitaminas), ela sempre faz questão de votar. “Voto em busca de melhorias para nós, deficientes, pois o voto é democracia”, cita.
Sobre a organização, na escola Cônego Albino Juchem, onde ela vota, a eleitora achou que tinha muito movimento e as pessoas estavam muito próximas. “Tirando o grande número de pessoas, o resto estava tranquilo, pois todos estão de máscaras e passam álcool em gel nas mãos”, analisa.