Cátia Rey, 52 anos, não quer mais ficar em Mariante. A cabeleireira tinha uma casa bastante conhecida no distrito, pelo seu tamanho e beleza. No entanto, a residência, onde mora há 22 anos, não foi poupada pela força do rio. “Olhar as casas uma em cima da outra é horrível. É um sentimento de perda. Ao mesmo tempo, há uma esperança lá no fundo do coração de recomeçar, mas não aqui”, afirma.
Além das perdas materiais, a família sofre pelos dois cachorros que morreram e os seis gatos que sumiram. Cátia já alugou uma casa na cidade para recomeçar. “Entramos sem nada, com a ajuda de amigos, uns vão dar alguma coisa. Vamos reconstruir a nossa vida. Acho que o povo de Mariante tem que se reunir e sair daqui.”