A manutenção das atividades dos 14 campi do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) do estado deve ganhar um ‘fôlego’ para agosto e setembro. Mas essa garantia não está relacionada à liberação de recursos federais. Ela se dá devido a uma organização interna entre os IFs, após um acordo confirmado nesta sexta-feira, 9, em Sapucaia do Sul, onde houve uma reunião extraordinária geral.
Segundo o diretor do campus de Venâncio Aires, Cristian Oliveira da Conceição, a partir de agora todos estarão com as despesas de custeio de agosto pagas. Para isso, foram usados os 5% que completaram, nesta semana, os 58% do orçamento previsto, e remanejados entre todos.
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“Feito isso, haverá uma sobra de 3% que jogaremos para setembro para pagar as contas que forem possíveis. Em média, precisamos de 8% do nosso orçamento pra manter, mas com 3% pagaremos 1/3 dos contratos de setembro. É o que temos”, informou Conceição.
Conforme ele, na perspectiva anterior, o mês seguinte previa apenas o pagamento da vigilância e da energia elétrica. “Mas os campus estão dialogando e será definido no final de agosto para assumirmos o risco de tentar manter os contratos até onde for possível. Não sei se chega a outubro.”
Ainda segundo o diretor do IFSul local, ao fim dos 62,9% (orçamento total previsto após o anúncio dos cortes federais), a tendência é ir para a pressão política, acionando judicialmente o Ministério da Educação. “É aguardar até o fim de agosto se virão os 4,9% que faltam e tomar as medidas necessárias. Vamos tentar manter todas as atividades possíveis, até onde der.”
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