Polícia Civil investiga a autoria de uma tentativa de homicídio, registrada domingo à noite, no centro de Venâncio Aires. Jean Alessandro da Silva Espíndola, 22 anos, sobreviveu ao atentado, praticado em frente a casa onde reside com a mãe. Ela, que tem 50 anos, contou que o autor dos tiros chegou ao local na corona de uma moto.

Com medo, Olinda Maria Espíndola Ferreira está procurando outro lugar para morar. Ela teme que as mesmas pessoas que vieram tentar tirar a vida do seu filho, retornem ‘para terminar o serviço’. “Preciso sair daqui e penso em até ir morar bem longe, pois estou com medo”, mencionou a mulher, que ontem concedeu entrevista à Folha do Mate.
Segundo o que ela contou, eram cerca de 19h quando uma moto parou em frente à casa onde mora, na rua Reinaldo Schmaedecke, quase esquina com a Visconde do Rio Branco. “Eles buzinaram e meu filho achou que era a sua namorada, que também tem uma moto. Ele saiu e logo escutei os tiros”, descreveu.
Aparentemente, os atiradores deram três ou quatro tiros contra Jean. Um deles atingiu o abdômen e ele caiu. As marcas do atentado ficaram na parede frontal, ao lado da porta principal. Na frente da casa há marcas de sangue e cacos de tijolos, resultado dos tiros.
Jean foi socorrido por vizinhos e encaminhado ao Hospital São Sebastião Mártir. Ele passou por cirurgia e se recupera do atentado.
ESTOU COM MEDO
Natural de São Gabriel, dona Olinda Maria Espíndola Ferreira, 50 anos, mora em Venâncio Aires há cerca de 15 anos. Segunda-feira pela manhã, quando chegava em frente ao local aonde aconteceu o atentado, falou sobre os tiros sofridos pelo filho Jean Alessandro da Silva Espíndola, 22 anos. Assustada, dona Olinda disse saber que corre risco de morrer.
FOLHA DO MATE – A senhora viu quem atirou no seu filho?Dona Olinda – Nós estávamos dentro de casa quando alguém buzinou aqui na frente. Ele achou que era a namorada e saiu para ver. Escutei os tiros e sei que eram dois em uma moto.
FM – A senhora sabe qual a motivação?Sei que ele é usuário de droga e fez umas coisas erradas (assaltos), mas isso não é motivo para tentar matá-lo.
FM – A senhora sabe quem mandou matar o seu filho?Tenho certeza disso e por isso estou com muito medo, pois temo que agora esta mesma pessoa mande eles virem aqui terminar o serviço. Quero ir morar em outro lugar.