
Ele poderia estar em casa assistindo televisão ou então passeando pela cidade. Poderia estar curtindo a melhor idade ao lado da esposa, aproveitando uma tarde fria junto dos netos ou simplesmente fazendo qualquer outra coisa que não fosse trabalhar. Afinal, ele já está aposentado e com 73 anos de idade. Mas escolheu continuar na ativa, cumprindo horários e se dedicando às atividades no comércio venâncio-airense.
José Otávio Wendt Filho, conhecido como Lupi pelos colegas de trabalho, optou por não parar com a chegada da terceira idade. Há seis anos, atua como empacotador em uma rede de supermercados. Sorridente e disposto, não aparenta que já passou dos 70 e é o mais velho entre os colegas. “Eu acho que o pessoal gosta de mim, eu me sinto espiritualmente muito bem e devo isso ao comércio”, declara.
Durante a trajetória profissional, atuou em várias empresas dos mais diversos segmentos. “Já fui motorista, auxiliar de disciplina numa escola, sempre fiz coisas diferentes, mas agora pretendo seguir nessa função enquanto puder”, afirma. Ele conta que os supervisores já perguntaram se ele queria trabalhar em outro setor, onde não precisasse ficar tanto tempo em pé. “Respondi que se para eles está bom que eu fique aqui eu quero ficar, gosto desse contato com as pessoas”, afirma.
Sobre os planos para o futuro, Wendt é enfático: “Enquanto tiver saúde, vou seguir trabalhando.” Ele destaca que o emprego auxilia pela questão financeira e também porque se sente bem na ativa. “De 100 clientes, 99 são simpáticos e um não responde com um sorriso, pra mim importa é essa troca de experiência boa, o convívio com os clientes”, afirma.
FAMÍLIAMorador do bairro Aviação, Wendt é casado com Zeni Wendt há 50 anos, com quem tem duas filhas, Carla e Marioni; e quatro netos, Patrícia, Rodrigo, Davi e Théo. Diariamente, faz parte da rotina buscar os pequenos na escola. “Também sou motorista de netos nas horas vagas”, brinca.