Foto: S S Beglin / arquivo pessoalBem-vindo à Polperro!
Bem-vindo à Polperro!
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalPaisagem de cartão postal
Paisagem de cartão postal

Escondido no meio de um vale verdejante e profundo da Cornualha, na costa sudoeste da Inglaterra, o vilarejo de Polperro é um daqueles lugarzinhos calmos, onde o tempo não parece passar, mas com uma energia contagiante. Um local que aguça a curiosidade, com paisagens apaixonantes, antes de mesmo de se chegar ao povoado de cinco mil habitantes. Descendo lentamente pela estradinha sinuosa contornando bosques e campos pastoris, entre uma curva e outra, avistávamos os telhados e chaminés despontando no horizonte , iluminados pelo sol reluzindo no vasto oceano. Polperro é simplesmente encantadora e uma das atrações turísticas da região da Cornualha. Fundado no século XIII o pequeno porto de Polperro tem muita história para contar, de um passado negro, marcado por embarcações recheadas de contrabando e tantas lendas de fantasmas, navios encalhados e piratas!

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalDelicia perambular por essas ruelas ...
Delicia perambular por essas ruelas …

No museu da História da Pesca e Contrabando de Polperro, localizado no pequeno porto, pode-se conhecer a fundo a história do vilarejo além de admirar coleções de fotografias e muitos artefatos confiscados de navios provenientes da India. Durante o século XVIII os portos da região da Cornualha foram dominados pelo comércio ilegal de mercadorias – principalmente chás, especiarias, seda e café – que eram escondidas em cavernas próximas às áreas portuárias. Até hoje pescadores locais contam lendas de aparições de fantasmas e piratas nas grutas e cavernas! Uma das preferidas é do famoso pirata Willy Wilcox, procurado pelas autoridades fiscais da Inglaterra, e que teria desaparecido num labirinto de cavernas próximo a Polperro séculos atrás e mais tarde sua imagem teria ressurgido a pescadores locais.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalmaré baixa
maré baixa

O vilarejo de Polperro continua com suas atividades portuárias mas as histórias de contrabando fazem parte do passado! Hoje em dia a pequena baía acolhe barquinhos de pescadores locais, embarcações para transporte de mercadorias além dos barcos para passeios turísticos pela zona costeira. A economia local sobrevive da pesca e turismo. O nome Polperro deriva da língua córnica Porthpyra, que significa porto do rio Pol. Na verdade não passa de um riacho, de água límpida, que recorta o vilarejo para desembocar no mar, criando um labirinto de formosura. E assim, entre uma ponte e outra, vamos navegando este emaranhado de ruazinhas, contemplando a arquitetura antiga de pequenas construções nas cores branco e azul e absorvendo o charme de cada detalhe.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalMoinho em funcionamento
Moinho em funcionamento
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalMinha filha Sophia na frente da lojinha de caramelo
Minha filha Sophia na frente da lojinha de caramelo

As casinhas construídas pelos pescadores há 200 ou 300 anos atrás continuam ali, amontoadas uma sobre a outra, debruçadas no mar cintilante e disputando cada metro quadrado da colina verdejante. A impressão é de estar caminhando num cenário de filme ou conto de fadas! São construções modestas, com portas baixas, janelinhas irregulares e bem floridas nesta época do ano. Muitas casas foram transformadas em lojinhas, hotel ou restaurantes, mas tantas outras continuam a abrigar gerações de famílias locais. Depois da longa caminhada (é proibido o trânsito de carros no vilarejo) e que incluiu ainda trilhas íngremes contornando o mar, retornamos à pracinha principal no porto para desfrutar da culinária local, baseada em frutos do mar, e claro não podíamos deixar de experimentar o famoso sanduiche de caranguejo de Polperro! O vilarejo atrai turistas de todo mundo além de ser um magneto para artistas e escritores em busca de inspiração. Polperro é pura inspiração! Um vilarejo charmoso e sedutor em sua simplicidade! Vale à pena visitar.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalRiacho correndo entre uma casinha e outra..recortando o vilarejo
Riacho entre uma casinha e outra..recortando o vilarejo
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalAchei uma graça essa lojinha de balas ...
Achei uma graça essa lojinha de balas …

Salão de chá!

ONDE FICAR – para conhecer a Cornualha sugiro alojamento num ponto central para fazer passeios de um dia aos vilarejos e prainhas. A melhor maneira é de carro, costurando estradinhas, com direito a muitas paradas para curtir a paisagem deslubramte. Nossas férias com a família na Cornualha são sagradas por isso gostamos muito do Cornwall Spa Hotel, na cidade de St Austell. é um hotel maravilhoso, muito bem localizado para passeios à região sul da Cornualha. O hotel é fantástico, com dois restaurantes ótimos, situado numa área de elevação natural, no meio de um parque verde enorme. Oferece várias opções com hotelaria normal e também com 21 sobrados (self-catering), de dois ou três quartos, superconfortáveis, que geralmente são alugados para famílias, por periodos de uma semana (nosso caso!). A diária, tanto no hotel quanto no sobrado, inclui acesso à piscina térmica, parque infantil, uso das quadras de tênis. No Spa oferecem vários tipos de tratamentos e massagens com pagamento à parte. Mais informações no site deles www.thecornwall.com.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalFérias na Cornualha são tradicionais para gente!
Férias na Cornualha são tradicionais para gente!