Não me lembro de uma final de Gauchão disputada em Gre-Nais com tamanha superioridade. Foi um 6×2 em dois clássicos. Mais do que isso, só numa Libertadores, onde o Grêmio levou 7×2 do Boca em dois jogos da final em 2007.No primeiro Gre-Nal, na Arena, o Grêmio, que era favorito, pressionou, abriu o placar e recuou. Pode ter sido o erro fatal. O Inter se arrumou, no Intervalo Abel corrigiu o posicionamento e virou o jogo para 2×1, dominando amplamente o segundo tempo.No segundo Gre-Nal – pena que não foi no Beira Rio – o Grêmio começou melhor novamente a pintava abrir o placar em Caxias. Dai veio um lance isolado no balão de Dida, onde a zaga gremista se atrapalhou e D’Alessandro, o Senhor Gre-Nal na atualidade, fez 1×0 e emparelhava o clássico tecnicamente.No segundo tempo o Grêmio se abriu, pois precisava vencer. Em 15 minutos ‘desandou a maionese’ e o Inter fazia 4×0, com um ‘chocolate’ de Páscoa antecipado, como há muito não se via em Gre-Nal. O Grêmio era um boxeador nocauteado tecnicamente em campo.

Foto: DivulgaçãoArentino D
Arentino D’Alessandro foi o maestro do tetra

O tetra do Gauchão veio com uma superioridade técnica incontestável nos dois jogos.

E agora?Interrogações saem do Gre-Nal. O Grêmio teve a segunda melhor campanha da Libertadores na primeira fase. O nível de Libertadores é muito baixo? O Inter está muito acima do nível dos clubes da Libertadores? Mas segue a vida. O Grêmio vai para a fase eliminatória da Libertadores e pega o San Lorenzo, o time do Papa Francisco. Se passar deve ter o Cruzeiro pela frente na fase seguinte. Difícil, mas não impossível.O Inter, de Abel, que se mostra fortalecido, vai para a Copa do Brasil e Brasileiro. Abel já disse que não vai falar em disputar ‘vaga’, quer brigar pelo título. Se o Gre-Nal mostrou estágio real do time colorado, tem ‘farinha no saco’ pra pensar grande.