Minecraft, Free Fire, Grand Theft Auto, Fortnite, League Of Legends, Crossfire ou Fifa. Para quem é fã de games, nomes como esses são comuns e fazem parte da rotina desse mundo gamer. O tempo em frente à tela do computador é oportunidade de ‘entrar’ em outro mundo, se misturar aos personagens, enfrentar desafios e vencer batalhas.
Nesta edição, mergulhamos no mundo gamer para conhecer um pouco mais sobre a galera que joga diferentes tipos de games, tem avatares e faz muitas amizades em meio às batalhas. Se você ainda não joga ou quer experimentar um jogo novo, pode conferir as dicas dos gamers que são os cases desta edição do Na Pilha!. Boa leitura!
Uma terapia na tela do computador
Muitos jogos já passaram pelo computador de Lucas Guilherme Hickmann, 20 anos. Atualmente, os games de RPG são os favoritos dele, pois oportunizam integração on-line com pessoas de outros locais, umas das características do mundo gamer que ele mais gosta.
Desde os 10 anos, quando Lucas ganhou um Playstation 2, os jogos passaram a fazer parte de sua rotina. Aos poucos, esse hobby virou uma paixão. Na adolescência, ele chegava a jogar em média 20 horas por dia, agora, por conta do trabalho, são cerca de quatro horas por dia, mas continua jogando diariamente.
Para ele, estar on-line, é uma forma de conhecer vários cenários e pessoas, que na ‘vida real’ talvez seria difícil. “É como se eu pudesse viver muitas vidas estando em uma só”, define. As amizades são outro lado importante. “Conheço pessoas de outros países e é incrível saber mais sobre essas culturas diferentes”, comenta.
Lucas considera que, muitas coisas que aprendeu jogando, levará para outras situações da vida. “Aprendi inglês praticamente jogando, nunca fiz aulas particulares e, na escola, já sabia muita coisa, porque eu jogava nesse idioma”, afirma. Além disso, ele também aprendeu mais sobre biologia.
Para o jovem, além de ser um hobby, com todas características já faladas, o game também ajuda a lidar com as pessoas e suas reações. “Às vezes, sei como reagir rápido e pensar logo, quando preciso fazer algo ou ajudar alguém. Também já tenho uma noção de qual reação esperar, porque os jogos te preparam para isso. São muitos ensinamentos com os games.”
‘É algo que me acalma e ajuda a me comunicar com as pessoas que eu gosto.”
Lucas Guilherme Hickmann – Jogador
Menina também joga
A estudante de Pedagogia Priscila Nunes, 21 anos, começou a jogar aos 8 anos, influenciada pelo irmão. Os primeiros jogos foram no Playstation 2, depois conheceu os de computador. “Meu namorado joga e isso me incentiva.” O que ela mais curte, no momento, são Moba e jogos de FPS – jogos de tiro. “É uma distração, é divertido e faço amizades virtuais”, comenta.
A jovem explica que, nos seus jogos existem coleções de ‘campeões’ – personagens colecionáveis nos jogos. São mais de cem tipos. “Selecionamos conforme o estilo que mais se adeque ao jogo. A maioria tem alguma magia, todos com uma função específica”, explica. Em jogos de FPS, por exemplo, Priscila diz que são duas equipes de cinco jogadores e cada campeão tem suas habilidades para proteger ou atacar a equipe inimiga e alcançar o objetivo.
Pri costuma dedicar um tempo de noite e no fim de semana para ficar on-line. A guria também lembra que os jogos são para todos gêneros e idades, pois eles ajudam a desenvolver algumas habilidades. “Aprendi a ter muita paciência e estratégia com os jogos.”
A diversão dos jogos em grupo
Quando o assunto é game, Guilherme Glier, 20 anos, tira de letra. Aos 6 anos, ele ganhou um Super Nintendo, depois um Play 2. “Na primeira vez, joguei o Super Mário, na época em que ainda se usavam fitas. Eu tinha só uma de Rock & Roll Racing e joguei durante seis meses o mesmo, porque as outras fitas eram todas locadas”, recorda o jovem.
Segundo ele, os jogos daquela época eram mais difíceis, comparado aos de hoje, que oferecem mais conteúdo e uma dificuldade padrão. “Hoje em dia dá para escolher o nível: casual, focado ou profissional. Há várias possibilidades, para atender a todos os públicos.”
Atualmente, costuma jogar League of Legends com um grupo de amigos, pelo computador. Com a suspensão das aulas, devido à pandemia do coronavírus, a galera tem mais tempo disponível para jogar League of Legends. Guilherme costuma ficar em torno de cinco horas por dia em frente ao computador.
Mas, assim que a rotina de trabalho e estudos for normalizada, o tempo será mais reduzido, com exceção dos fins de semana. “Não gosto de ficar pouco tempo no jogo. Nos sábados e domingos, começo às 13h ou à tardinha e, às vezes, viro a noite jogando”, conta o estudante de Engenharia da Computação, que também atua como suporte de Informática na Secretaria Municipal de Saúde.
Assim que chega do trabalho, Guilherme verifica no chat se a galera já está disponível (durante a entrevista para esta matéria, ele já estava sendo solicitado) para se preparar para o jogo. “Nosso grupo é de cinco, aí jogamos com outras pessoas desconhecidas que também estão on-line naquele momento”, explica.
Para ele, o League of Legends possui várias vantagens entre, elas, ser gratuito, possibilitar que mais pessoas participem em um mesmo grupo e por ser considerada uma versão mais leve. O jogador não costuma investir dinheiro nos personagens, prefere gastar o valor na compra de outros jogos.
Quando está sozinho, joga Splinter Cell ou A Space for the Unbond. No entanto, ele considera que jogar com os amigos é mais divertido. “Não gosto de jogar sozinho, prefiro interagir com a galera”, afirma Guilherme.
Criatividade
Quando ainda estava no Ensino Médio, no Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Guilherme criou um jogo para um trabalho de Biologia sobre a cadeia alimentar. “Fizemos em grupo a criação dos bonecos, da arte e do roteiro. Eu fui responsável para fazer o jogo funcionar”, conta.
Relato pilhado
Por Scheila Ferreira
“Lembro como se fosse hoje da minha iniciação nos jogos – não contando The Sims, pois esse já era motivo de risos e pega fogo na cozinha e no tapete perto da lareira desde muito tempo. Lá em 2014, fui apresentada a uma personagem tão fofa e a um jogo tão lindo graficamente que fiquei apaixonada: Child of Ligth, um jogo de RPG de turno criado pela Ubisoft, também criador do Just Dance. O jogo é todo em aquarela, e é impossível não ficar encantado com o design.
Na mesma época, os fins de semana já eram dias reservados para jogar Just Dance, eu e alguns amigos nos reuníamos para jogar. Quando um dos meus amigos cansava, ia dar uma descansada jogando LOL – o League of Legends. Dois anos depois fui levada para o mundo do Lolzinho, lembro até como foi a primeira partida, me senti muito jogadora na primeira partida contra bot, toda feliz pela vitória. Mal sabia eu que era muito mais difícil conseguir essas vitórias rsrs.
Lembro também que disse ‘não vou gastar meu dinheiro comprando skin para os personagens’, mas hoje em dia já é bem diferente: ‘mds vai sair skin pra fulano, já quero!’ haha.
Outro jogo que me foi apresentado foi o Life is Strange, um jogo de aventura com volta ao tempo, no qual você pode modificar os eventos presentes e todas as suas decisões modificam o seu futuro no jogo e consequentemente a sua escolha final.”