Presidente do Guarani, Sérgio Batista, fecha seu quarto ano no Executivo do clube. Presidiu em 2010, 2011, 2018 e 2019. Na atual temporada, o time profissional fez seu papel. Adotou uma estratégia inédita com a parceria de um empresário e chegou às semifinais da Divisão de Acesso. Atualmente, o time juvenil está em atividade chegando à fase de oitavas de final do Campeonato Gaúcho.
Batista diz que o clube passou por muitas dificuldades durante a temporada, mas pelo contexto a avaliação é positiva. Ele destaca o esforço incondicional de pessoas novas que trabalham forte para buscar recursos. “Chegamos nas semifinais da Divisão de Acesso e isso mostra que podemos alcançar o nosso objetivo com muito trabalho e perseverança. E é isso que estamos fazendo neste segundo semestre, conseguindo saldar as dívidas muito pelo trabalho de um Conselho extremamente ativo, liderado pelo Lúcio Rabuske e pelo Marcos Bresciani”, avalia Sérgio Batista.
“Guarani ficou mais organizado em 1988”
Mano Menezes é considerado um dos técnicos de ponta no cenário nacional. Atualmente assumiu como treinador no Palmeiras, clube mais abastado do futebol brasileiro ao lado do Flamengo. Se Mano chegou a esse patamar, foi no Edmundo Feix onde tudo começou.

E para Mano, foi em 1988 que o Guarani iniciou o processo para se profissionalizar. “Demos os primeiros passos para tornar o Guarani profissional. Venâncio Aires sempre teve bons jogadores, mas nunca teve organização. Foi quando o Artur Ruschel começou na preparação física e trabalhávamos à noite. Aprendemos isso muito cedo. O time de 88 foi se formando, se tornou muito forte em termos táticos. Dificilmente sofríamos um gol, pois decidimos as três fases nas penalidades máximas”.

“Guarani me deu a formação como ser humano e cidadão”
Fabian Guedes, o Bolívar, surgiu nos juniores do Guarani em 1997. Chegou ao profissional em 2001 e em 2002 e 2003 foi uma das peças fundamentais da equipe que conquistou a primeira fase do Campeonato Gaúcho e a participação inédita na Copa do Brasil. Contratado pelo Inter, atuou no Colorado por sete anos. Lá viveu seu melhor momento como atleta conquistando cinco estaduais, duas Libertadores, a Copa Sul-Americana, a Recopa e a Copa Suruga. Em 2017, foi homenageado na Calçada da Fama, um projeto idealizado pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF), quando o ex-jogador do Guarani foi o indicado para representar o clube. Bolívar recebeu uma placa eternizando a sua passagem pelo Rubro-Negro de Venâncio.
Hoje Bolívar é o treinador do Brasil, de Pelotas, onde faz uma campanha de recuperação na Série B do Brasileirão. O profissional se diz muito agradecido pelo clube que o projetou e lhe deu formação profissional. “Sou grato eternamente ao Guarani por ter abrido as portas para o mundo do futebol. Em 2002 foi nosso auge, com uma equipe formada por 70% da base do clube, com todos buscando seu espaço, e algumas contratações. Tudo que eu tenho é graças ao Guarani, que foi fundamental na minha carreira. Feliz por fazer parte dessa história dos 90 anos”.
Conquistas e grandes campanhas
1988 – Campeão gaúcho amador
1990 – Acesso com vice-campeão da Segundona Gaúcha
1997 – Campeão Gaúcho da fase classificatória
2002 – Campeonato Gaúcho da primeira fase
2002 – Campeão da Seletiva da Copa-Sul-Minas
2003 – Participação na Copa do Brasil
2006 – Acesso com vice-campeão da Segundona Gaúcha
2014 – Campeão do returno da Terceirona Gaúcha
2014 – Vice-campeão da Copa Fernandão (foto) guarani vice copa fernandão
2015 – Vice-campeão da Segunda Divisão

LEIA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DO GUARANI:
Guarani: nove décadas de tradição
Uma estrela que brilha até hoje
Queda e retorno fulminante no ano seguinte