“Está sendo revisto o fato de só ir para o hospital quando se tem falta de ar”, afirma médica infectologista

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A importância do monitoramento de pacientes com Covid-19, para evitar a evolução da doença, tem sido defendida por profissionais da saúde. De acordo com a médica infectologista Sandra Knudsen, como o manejo da doença é feito conforme a fase, é preciso estar atento ao período considerado crítico, entre o quinto e o oitavo dia do início dos sintomas.

“É importante que o paciente que não estiver bem ao fim da primeira semana, que ainda tiver febre e tosse, seja reavaliado para ver se está evoluindo para a segunda fase, em um caso mais grave”, ressalta. Ela observa que as pessoas precisam se preocupar se não melhorarem a partir do quinto dia do início dos sintomas, especialmente se forem idosas ou tiverem comorbidades.

“Em todo o mundo está sendo revisto o fato de só ir para o hospital quando se tem falta de ar, porque, quando isso acontece, o paciente está praticamente na fase 3. A intervenção precisa ser mais precoce”, salienta a médica. “As pessoas precisam se preocupar quando não melhoram a partir do quinto dia do início dos sintomas. Elas precisam ser reavaliadas, porque podem estar evoluindo para um caso grave, principalmente se forem idosas ou com comorbidades.”

Fases da Covid e o tratamento

Sandra explica que, até o momento, o tratamento para Covid é dividido em três fases, de acordo com o estágio que o paciente se encontra. Na primeira, chamada replicativa, são tratados os sintomas, como febre, tosse e dor de garganta. “Muitas vezes, nesta fase, ainda não se tem o diagnóstico da Covid. O paciente pode ter gripe ou outro tipo de infecção, e acaba sendo tratado pelos sintomas gerais”, detalha a médica.

Ela comenta que uma minoria dos pacientes que pega Covid passa para a segunda fase. “A grande maioria encerra a primeira fase e se cura sem complicações.” A segunda fase é considerada inflamatória. “Esses pacientes têm sido tratados com vários tipos de medicação, conforme protocolos estabelecidos e que têm sido atualizados frequentemente. No momento, a indicação é de medicamentos de anticoagulação, anti-inflamatórios, antibióticos, entre eles, a azitromicina. E também há casos em que é utilizada a hidroxicloroquina”, afirma a médica.

Sandra Knudsen é médica infectologista (Foto: Divulgação)

A infectologista destaca que a terceira fase da doença é a mais complicada. “Muitos pacientes têm a hipoxemia, que é queda da oxigenação no sangue e falta de ar. Esses pacientes, muitas vezes, precisam de oxigênio”, esclarece.

Segundo a médica, na grande maioria, os casos que vão para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são aqueles que evoluem com hipoxemia. “Nem todos eles vão para ventilação mecânica. Alguns vão para a UTI e recebem oxigênio de outra forma, pelas maneiras que chamamos de ventilação não invasiva. Mas a maioria acaba, sim, em ventilação mecânica”, especifica.

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Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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