Projeto para revitalizar o Calçadão está parado

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Depois do Ministério Público (MP) sugerir a suspensão por 45 dias das obras de revitalização do Calçadão, segue o imbróglio sobre as melhorias previstas para o local. O prazo dado pelo MP encerrou no fim de semana, contudo a motivação para implementar as melhorias perdeu força.

“Isso tudo desanimou muito”, desabafou Airton Bade, um dos empresários envolvidos na proposta. Pelo projeto original, dois terços das despesas das reformas, orçadas em R$ 225 mil, seriam custeados pelos proprietários dos lotes e a Prefeitura ficaria responsável por viabilizar a poda de árvores e em fornecer areia, brita e o maquinário. Contudo, um grupo contrário apresentou um abaixo-assinado de quase mil assinaturas em que defendia uma discussão mais ampliada das reformas com a comunidade, por meio de audiências públicas.

O promotor de Justiça Fernando Buttini buscou, nesse período de 45 dias, estabelecer uma conciliação entre as partes, mas o processo acabou ficando restrito apenas a encontros. De prático, o grupo contrário às reformas não apresentou alternativas oficiais, informou o empresário Airton Bade. Ele disse que os empresários e comerciantes estão permanentemente abertos ao diálogo, mas que nada de concreto chegou até eles.

“A intenção era conseguir conciliar as sugestões do grupo contrário com o projeto original, desde que ficasse dentro do mesmo orçamento, mas nada chegou”, lamentou Bade. Ele, no entanto, diz que novas tentativas para revitalizar o Calçadão serão propostas. “A vontade é mesmo de tocar o original”.

Mais do que promover a reaproximação da comunidade e lojas em volta do Calçadão, outra justificativa para promover as melhorias é a retirada das 22 tipuanas que ficam no trecho. O principal argumento se dá pelos efeitos perversos, segundo os empresários, que as raízes das árvores provocam na estrutura dos prédios, afetando não apenas o piso, mas podendo provocar danos irreversíveis às construções.

FANTASMA

“O projeto apresentado foi uma tentativa de evitar que o Calçadão se torne um fantasma dentro da cidade. Hoje já tem mais uma loja que deixou o Calçadão. Mas os culpados por esse imbróglio são as pessoas que não aceitam o progresso e modificações”, desabafou Bade.

PREFEITURA

O prefeito Giovane Wickert foi consultado pela reportagem. Ele destacou que mantém a sua posição. Ele decidiu que não fará mais audiências públicas sobre o assunto, já que o tema vem sendo discutido desde 2013. Wickert também voltou a reafirmar que o projeto nada de errado tem, e que aceita sugestões desde que fiquem dentro do orçamento original. “Mas até o momento nada chegou”

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