Plantadas há cerca de 20 anos no centro do município, as tipuanas formam um bonito túnel verde. No entanto, a beleza não esconde os estragos causados pelas raízes desta espécie. Calçadas, prédios, muros, floreiras, pavimentações contabilizam os estragos.
Os problemas, como mostrados em reportagem na última semana, também podem ser conferidos em diversas partes da cidade. Mas o que talvez muitos não saibam, é que um decreto municipal em vigor há cerca de 10 anos, permite que tipuanas, plantadas em toda área do município, com exceção do centro, podem ser substituídas em casos devidamente justificados.
Conforme o secretário de Meio Ambiente, Fernando Heissler, os moradores que estiverem prejudicados por uma tipuana, podem solicitar na secretaria uma autorização, para que o corte seja feito. Com isso, um formulário deve ser preenchido, solicitando o corte e justificando os motivos e relatando os danos. Depois disso, um técnico da pasta visita o local e averígua a situação. A partir disso, o alvará de licença ambiental é emitido e com ele, o proprietário recebe uma lista com indicações de espécies, para que aquela árvore possa ser substituída. é o caso da goiabeira-serrana, quaresmeira e a cerejeira. árvores como ficos e figueira não são indicadas, devido ao grande porte.
Com a substituição autorizada, o responsável também recebe orientações sobre a espécie, como regramento de distâncias em placas, postes de luz e o tamanho dos canteiros. “Mas a solicitação não predispõe que será feito o corte. Precisa de uma justificativa”, reforça o secretário.
Segundo Heissler, grande parte dos pedidos vem sendo autorizados. “Mas grande parte do que tinha já foi retirado na cidade. As pessoas viram que se hoje elas não estão causando um grande dano, no futuro estarão”.
Fernando, que além de secretário de Meio Ambiente, é engenheiro agrônomo, disse que o assunto deve ser levado para audiência pública e que a urgência é em resolver, especialmente, a situação do centro. Na sua opinião, na primeira quadra de tipuanas plantadas na Osvaldo Aranha – entre as ruas Barão do Triunfo e Jacob Becker – deveriam ser retiradas todas, de forma gradual e serem substituídas por outra espécie, de porte menor. Para o Calçadão, acredita que a melhor solução seria remover as tipuanas do lado esquerdo, onde estão instalados os prédios comerciais, permanecendo do lado direito, onde fica a igreja Matriz. “é um assunto que deve ser bem analisado. Além disso, as pessoas precisam entender que embora a sombra seja bonita, há outras pessoas sendo prejudicadas. Defendemos o meio ambiente, mas a questão urbana precisa ser respeitada, afinal, elas não estão plantadas no local adequado”.
Na próxima semana, a prefeitura deve agendar a audiência pública, que deve acontecer ainda em março.
