Mão na consciência e pé na faixa de segurança

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Embora o espaço público pertença a todos de maneira igualitária, nem sempre a convivência social no trânsito parece se basear neste princípio de igualdade. Os comportamentos inadequados no trânsito são muitos, entre eles: estacionamento em local proibido, avanço de sinal, alta velocidade, travessia fora de faixa, etc.

Para testar a atuação de motoristas e pedestres diante à faixa, a reportagem da Folha do Mate foi às ruas na manhã de ontem, 28 de fevereiro. Por meia hora, os motoristas que passaram pelas faixas de segurança próximas ao hospital – na rua Tiradentes e Osvaldo Aranha – foram observados, apontando que a faixa usada diariamente pelas pessoas não significa mais um lugar de segurança. Dos 190 carros, 31 deveriam ter parado para dar preferência aos pedestres que aguardavam a oportunidade de atravessar a rua, mas somente 10 respeitaram.

O pedestre precisa, geralmente, contar com a sorte para chegar ileso ao outro lado, já que há faixas apagadas e situações em que veículos param sobre a sinalização, desrespeitando-a, e poucos são os que param adequadamente.

Segundo o chefe do Departamento Municipal de Trânsito Rodrigo Decker, a faixa, além de ser essencial para a segurança de todos, é um dispositivo criado para tentar diminuir a fragilidade do pedestre ante um veículo, e, mesmo assim, sua eficácia não é plena. “A relação entre pedestres e condutores se assemelha a uma disputa de forças. De um lado o pedestre, que não sabe interpretar a diferença em ter preferência e ter segurança e de outro o condutor, que por vezes presta mais atenção no relógio do que na sinalização”, relata.

Decker ressalta que as faixas de pedestres nunca serão suficientes. “O processo de mobilidade urbana é muito dinâmico. Hoje um local assimilado como de travessia tranquila, amanhã pode ser perigoso”, frisa.

Segundo Decker, não é possível ter um número preciso de quantas faixas existem na cidade, pois, neste momento, as empresas prestadoras de serviços são responsáveis pela sinalização das vias que estão sendo pavimentadas. “Essa medida é salutar, pois a colocação das mesmas é feita após um estudo e o material usado é de boa qualidade em virtude de haver uma normatização técnica”, diz.

Conforme o que prevê o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) quando não há sinalização eletrônica na hora de atravessar a faixa de segurança a preferência é do pedestre. “Se o pedestre já estiver fazendo a travessia ou se ainda não tiver concluído a preferência é dele. Mas não podemos descuidar o fato de que os pedestres abusam dessa prerrogativa, sendo muito comum o veículo estar quase sobre a faixa e o pedestre sair do passeio abruptamente tentando fazer a travessia. as pessoas tem que ter consciência que são a parte fraca nessa interação com uma máquina, pois esta tem consert”, enfatiza.

O condutor que não respeitar o pedestre sobre a faixa será punido com multa gravíssima, mais 7 pontos no prontuário e R$ 191,53.

Mais detalhes na edição impressa de 01/03

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