O presidente Bolsonaro demitiu o diretor da Policia Federal, Maurício Valeixo, e o Ministro da Justiça, Sergio Moro, que o nomeara, não admitiu e se demitiu. Foi o custo de Bolsonaro ter dado ‘carta branca’ para Moro. Deu a palavra e não cumpriu. Eu faria o mesmo que Moro fez. Mas, Bolsonaro, presidente eleito por quase 60 milhões de votos, tem o direito de nomear e demitir pessoas de qualquer cargo de confiança, inclusive da PF, no que estrá certo também. Em 2007 Lula trocou diretores da PF e da Abin, que não lhe agradavam, sem críticas, pois é prerrogativa do Presidente fazer isso. Dilma sempre era informada pela PF antes das ações serem feitas.
Bolsonaro alega que o Valeixo não prestava contas das ações da PF e estava lhe colocando ‘bola nas costas’, protegendo Doria e Witzel, governadores de SP e Rio, que se elegeram nas costas dele e viraram adversários políticos logo depois.
Uma pena, Moro é um ídolo nacional, como juiz que combateu, e desbaratou, a quadrilha que estava instalada em Brasília nos governos de Lula e Dilma.
Oposição, ‘especialistas’, e a grande imprensa, colocam combustível no episódio por um impeachment de Bolsonaro, querem derrubar o Presidente. Sigo pensando que impeachment acontece quando vem de baixo para cima – do povo – e não de cima para baixo – da imprensa, ‘especialistas’ e oposição, como este.
Notinhas
* Entrou em vigor ontem o decreto do prefeito Giovane Wickert (PSB), que determina o uso de máscara por todas as pessoas que saírem de casa em Venâncio. Ontem pela manhã vi só duas pessoas no trajeto de casa para o trabalho, sem máscara. Devem ser aqueles que gostam de desafiar a lei, com certeza. A máscara não é garantia total de que não vamos ser infectados, mas ela nos protege e protege os outros do contágio pelas gotículas de saliva que expelimos ao falar.
* E Venâncio teve a segunda morte pelo coronavírus no final de semana. E é a segunda de contágio que veio de Lajeado, onde pessoas daqui trabalham. A Minuano tem um foco de contaminação e já dispensou mais de 200 funcionários. Temos que nos proteger.
* Jorge Oliveira, policial militar aposentado, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, amigo dos Bolsonaro, é o mais cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança em lugar de Sérgio Moro. Escolha comprometedora.
* Outro nome cotado é Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, desembargador federal e ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre. Aquele que aumentou a pena que Moro impôs a Lula por corrupção com dinheiro público. É indicação da ala militar do Planalto.
Do Twitter
* UOL: PSL vai pedir impeachment de Bolsonaro, diz líder Joice Hasselmann.
* O Globo: Após acusações de Moro, partidos da oposição planejam uma frente ampla anti-Bolsonaro.
* Veja: Aliados costuram trégua entre Bolsonaro e Maia para neutralizar crise criada por declarações de Moro.
* Terra: Moro falou com Maia e ministros do STF antes de se demitir.
* Filipe Barros: Só faltou falar com o Presidente.
* Guilherme Fiuza: Dilma Rousseff tinha informação privilegiada de que a PF ia prender o marqueteiro João Santana, homem forte do seu governo, e armou a fuga dele. É esse o padrão republicano do PT, Moro? O que fizeram contigo, homem? (A delação de João Santana está na gaveta e Dilma está solta).
* Sergio Moro: Como cidadão, continuarei defendendo, como sempre fiz enquanto estive no governo, a aprovação de projetos anticorrupção, em especial a PEC ou o PL da execução em segunda instância.
* João Amoêdo: Não existe salvador da pátria. A mudança para termos o Brasil que merecemos depende de cada um de nós.