*Por Ana Carolina Becker e Taiane Kussler
Com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas estão fazendo as refeições em casa. Com isso, as revendedoras de gás têm percebido um aumento nas vendas de gás de cozinha em Venâncio Aires. De acordo com levantamento realizado pela reportagem, em cinco empresas que comercializam o produto, o preço médio do botijão do gás liquefeito de petróleo (GPL) de 13 quilos é de R$ 66,98 para entrega em casa e R$ 59,20 para retirada no local.
De acordo com Eduardo Bussmann Posselt, colaborador de Ultragás, o aumento na procura do gás foi visível principalmente em março, com o início da proliferação da Covid-19 no estado. Ele também destaca que, com a grande procura, chegaram a ficar cerca de meio turno sem gás para comercialização.
Enquanto a procura pelo botijão de 13 quilos aumentou, alguns estabelecimentos registram queda na comercialização do botijão de 45, utilizado em restaurantes de grande porte, empresas e outros setores. A baixa procura está atrelada ao baixo movimento nos estabelecimentos e às medidas de distanciamento social estabelecidas em decreto.
VARIAÇÃO
Conforme levantamento da reportagem, o preço mais em conta para o botijão de 13 quilos entregue em casa é de R$ 64,90, já o mais ‘salgado’ é de R$ 70. Na retirada no depósito é possível adquirir o produto com valor de R$ 58 a R$ 60.
Se comparado com levantamento realizado pela Folha do Mate em 2019, é possível visualizar que o preço do gás para entrega em casa e retirada no depósito pouco alterou. Em janeiro do ano passado, o preço médio para retirada no depósito era de R$ 59,20, o mesmo valor encontrado no levantamento feito pela reportagem nesta semana. No caso da entrega em casa, o preço médio na época era de R$ 66,80, o que representa um aumento de R$ 0,18.
Almoço em casa
Com as novas medidas de prevenção, a empresária Fernanda Kist, 35 anos, o marido e os dois filhos tiveram que mudar os hábitos. Geralmente a família almoçava em um restaurante no centro da cidade ou na própria empresa do casal. Agora, ela mesma está preparando as refeições, em casa.
“Já que as aulas e as demais atividades das crianças foram suspensas, mudei a minha rotina para dar prioridade a elas e, consequentemente, almoçamos todos em casa”, conta.
Mesmo que a cozinha não faça parte do seu dia a dia, Fernanda está se reinventando na nova função, para agradar a família. “Sempre gostei de cozinhar e estou bem motivada.
Como tenho que fazer isso todos os dias, tenho buscado pratos diferentes, para variar um pouco”, conta. Além de cozinhar no fogão a gás, nos dias mais frios, eles também têm usado o fogão a lenha, para preparar as refeições.