Os responsáveis pela projeção e execução de corte, lapidação e a instalação do vidro comum ou temperado, em diversos ambientes, comemoram o Dia do Vidraceiro na segunda-feira, 18. Para marcar a data, os profissionais Ruben Ricardo Reckziegel, 42 anos, Luis Eduardo da Silva, 34 anos e, Karl Knak, 22 anos, que atuam na Vidraçaria Vidromate, falam um pouco sobre o dia a dia de trabalho.
Faz parte da rotina chegar para trabalhar, colocar os aparelhos de proteção – luvas, óculos e sapatos fechados -, cortar as chapas de vidros comuns e fazer delicadamente cada peça de vidro, na medida ideal. “Os vidros temperados já vêm certinho nas medidas que precisamos instalar, esses não cortamos aqui, pois são diferentes,” explica Silva.
Depois do cuidado para cortar sem acidentes, eles vão fazer a instalação, em dupla. “Colocamos a peças no carro amarrada em cavaletes e com delicadeza levamos para as obras”, diz Reckziegel. Ele também observa que cada caso precisa tomar cuidados diferentes. “Box e janelas são comuns, mas quando temos que fazer em pergolados e sacadas fica mais difícil e precisamos de cuidado redobrado”, comenta.
Trabalhando há mais de 10 anos no ramo, Reckziegel explica que a formação dos vidraceiros é baseada na experiência. “Um aprende com o outro e com os erros também.” Mais jovem do grupo, Knak diz que tudo que sabe aprendeu com os dois colegas. “Indo junto e ajudando fui aprendendo com eles, errando e fazendo de novo. Esta é nossa formação: o trabalho”, afirma.
Entre as qualidades do serviço, os profissionais destacam a dinâmica e o contato com outras pessoas. “Chegamos nas casas das pessoas e sempre tentamos nos adaptar ao ambiente. Se é alguém que gosta de silêncio, fizemos isso, se é alguém que puxa assunto, também conversamos”, afirma Reckziegel. Os vidraceiros gostam de ver o trabalho pronto e bem feito, ainda mais quando são desafiados a aprenderem algo novo. “É muito bom conhecer várias pessoas e, no final, ver a satisfação de cada um”, ressalta Knak.
Porém, por conta de se relacionarem com muitas pessoas, eles comentam que precisam ter comunicação e empatia para lidar com todos. “Temos contato com diversas personalidades, por isso temos que saber atender bem cada pessoa.”, expõe Silva.
Também são eles que conhecem e ajudam os clientes na hora da escolha. “Com a experiência, conforme o tamanho do vidro já sabemos qual tem que ser a espessura, então já podemos indicar para as pessoas”, observa Silva. Da mesma forma, os profissionais precisam ter conhecimento básico de limpeza. “Todas peças instaladas são entregue limpas. Nós costumamos usar pano e álcool para a higienização”, conta Knak.
Histórias da profissão
No cotidiano, os vidraceiros vivenciam muitas histórias, entre eles e também com as pessoas que se relacionam. Alguns momentos marcam mais. Karl Knak, que está há 5 anos trabalhando no ramo, lembra que começou na Vidromate atuando meio turno e, só depois de algum tempo, foi ajudar nos serviços de rua, como as instalações.
Um momento que o caçula do grupo recorda é da primeira vez que deixou um vidro quebrar durante a instalação. “Era uma porta, coloquei todas peças direitinho e quando chegou na última peça a porta trincou e quebrou todo o vidro, fiquei com vergonha e decepcionado comigo mesmo”, recorda. O tempo e a experiência, no entanto, ficou mais difícil acontecer esses acidentes. “Cuidamos ao máximo para não quebrar, poucas vezes ocorre isso, mas devemos lembra que acidentes acontecem com todo vidraceiro”, acrescenta Ruben Ricardo Reckziegel.
“Precisamos ser respeitosos, pois entramos na casa das pessoas para, muitas vezes, realizar um sonho delas e temos a responsabilidade de fazer isso da melhor forma”
RUBEN RICARDO RECKZIEGEL
Vidraceiro