Já faz alguns anos que uma série de medicamentos vem se constituindo na grande euforia dos tratamentos da depressão. Sua fama correu o mundo, com o apelido de pílula da alegria. Há quem fale que os antidepressivos já chegam a ser consumidos por quase um terço da população brasileira. Esta medicação antidepressiva age diretamente na chamada serotonina, uma substância neurotransmissora que regula nosso estado de humor e de alerta. Um aumento desta substância no nosso sistema nervoso produz uma sensação de bem-estar.
Em um indivíduo normal a serotonina é encontrada entre os neurônios, manifestando-se sob forma de um bem estar da pessoa. No depressivo, a existência de uma quantidade menor desta serotonina, faz com que passe a faltar esta substância no espaço entre as células.
A ação da fluoxetina parece impedir que os neurônios inativem a serotonina, que já é escassa no depressivo, auxiliando com isto na manutenção do nível desta substância. Desta forma pode ser mantida a sensação de bem-estar.
É preciso que se diga que também há efeitos colaterais deste medicamento, que incluem náuseas, sensação de desconforto gástrico, enjôo, ansiedade, irritabilidade, diminuição da libido. No início do tratamento, pode até haver um aumento da impulsividade com aumento do risco para o paciente.
E aqui vem a pergunta: quem pode tomar esta medicação?
É importante lembrar que o tratamento antidepressivo somente será eficaz quando realmente existe um quadro depressivo. Qualquer um de nós pode uma vez ou outra estar triste e abatido. Entretanto, isto não significa que tenha que sair correndo na procura de remédios contra depressão. Em função disto, vale a recomendação de jamais tomar este tipo de medicamento apenas porque o vizinho ou algum parente obteve um bom resultado com o seu uso. Ele deve apenas ser tomado por indicação médica e por quem realmente é portador de um quadro depressivo. Isto mostra a importância de sempre consultar preferencialmente um especialista ou seu médico de confiança, antes de iniciar um tratamento com medicação antidepressiva