Diagnóstico apontará real situação dos ervais no polo

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Durante os vários encontros realizados em 2012, os representantes dos dez município que integram o Polo Ervateiro dos Vales, definiram a realização do diagnóstico da erva-mate. O primeiro levantamento foi efetuado junto aos produtores, que ainda falta a ser concluído, e depois, será estendido aos tarefeiros, viveiristas, indústrias, mercados e os consumidores.

Embora ainda não esteja totalmente concluído, o diagnóstico, conforme o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar e coordenador do Polo Ervateiro dos Vale, Vicente Fin, favoreceu sob diversos aspectos. Um deles apontou que não tem mais a erva-mate que se acreditava que tivesse, e, a partir disso, a retomada de preço. Segundo Fin, a indústria percebeu que se unindo e pagando o que o produtor do polo quer, haveria o retorno de plantio e é isto que está ocorrendo. “Mesmo que tímido, há o interesse em replantio nas falhas (substituição) e quem sabe, já há alguns com interesse em plantar ervais novos, e aí está a importância que se tenha a fusão entre a indústria e o produtor”, avalia. O preço reagiu naquela condição que o produtor esperava, de R$ 7,40 ou mais pela arroba. Fin reforça que R$ 7,40 foi a média dos preços que seria considerada pelo produtor como interessante ou boa e agora chegou a R$ 8. “Com isso, a expectativa é de que o produtor esteja satisfeito”.

Dos dez municípios que integram o Polo Ervateiro dos Vales, Santa Clara e Cruzeiro do Sul, por não terem mostrado interesse ou por possuírem poucos ervais, não mostraram interesse em efetuar o diagnóstico. Outros, conforme Fin, ainda não começaram e dificilmente irão fazê-lo, pois também não mostram muito interesse. “Mesmo os que estão fazendo ainda não nos repassaram os dados”, informa.

Quanto ao diagnóstico de Venâncio Aires, Fin recorda que ele foi paralisado em outubro de 2012 em função do período eleitoral e ele acredita que até aquele momento, o levantamento somava 95% dos produtores. No contato feito com as ervateiras no intuito de fazer o diagnóstico junto a elas, foi constatado que havia 100 famílias que não foram visitadas, ou seja, 25% a 30% delas não haviam sido diagnosticadas. O diagnóstico se encontra no estágio que estava em outubro. Para Fin, parte do levantamento terá um certo inócuo por causa do preço recebido, o que vai acabar mudando a realidade. Havia o levantamento que apontava que o preço não passava dos R$ 4,50 e agora, têm produtores afirmando que receberam R$ R$ 8 na última venda. “Isto é constante, mas tem um porém, que é a questão de visão. No início do diagnóstico, o produtor apontava para o arranquio e hoje isto mudou. A tendência de percentagem de famílias que vai arrancar já é reduzida”, acredita.

O coordenador adianta que vai ter dados que não mais servirão para o estudo, havendo ainda a necessidade de se saber de fato qual é a área com as variedades nativa e argentina, quantas árvores, qual a área e a produção do polo. “Por isso, de imediato, a necessidade de concluir o diagnóstico nos próximos dias e retomá-lo nos demais municípios”, destaca Fin, defendendo a necessidade de realizar uma reunião do polo para definir a associação que deve ser criada dentro do mesmo, e, responder ainda a questão de quantos produtores por município vão integrar a associação.

O diagnóstico no município está em torno de 70%, e no polo, 60%. “A partir de um segundo momento com base no diagnóstico junto às indústrias, a área deverá ficar próxima a 1,3 mil hectares em Venâncio Aires”, projeta Fin.

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