Ontem ao enviar sua coluna semanal, Selvino Heck, fez estas anotações : “Por aqui, além da correria, as emoções descritas na coluna – novo papa e morte de Chávez -, finalmente foi aprovado o orçamento/2013 da União, na metade de 2013. Por aí se vê como é difícil o governo federal lidar com o Congresso Nacional. é preciso muito diálogo e negociação. E é por aí e nestas horas, muitas vezes, que se dão as derrapadas.
é o caso, por exemplo, da Comissão de Direitos Humanos, eleito um pastor, protestos por todo Brasil.
Aliás, se há uma análise mais profunda e preocupação maior por aqui não é com as eleições de 2014 e seus futuros candidatos (por sinal, ouvi uma análise esta semana de um conceituado professor da USP e colunista da Folha de São Paulo, Vladimir Safatle, dizendo que não é impossível, ante o cenário hoje posto, que o PSDB e Aécio sequer cheguem ao segundo turno ano que vem; está muito longe para fazer esta previsão, mas não é impossível). Há preocupações mais imediatas, que terão reflexos futuros, para o bem e para o mal, com o fortalecimento, segundo alguns exagerado, do PMDB. Está na vice-presidência, tem os dois postos mais importantes no Congresso e está procurando avançar sobre outros espaços de governo.
Não é fácil para a presidenta Dilma administrar tudo isso, embora ela esteja mostrando cada vez mais traquejo político.
Como escrevi há duas semanas atrás, está chegando a hora de mudanças ministeriais, possivelmente pontuais, ou mais ou menos pontuais. Os atores envolvidos continuam os mesmos: PMDB, que quer aumentar seu espaço (e aí o nome do ministro Mendes Ribeiro pode estar na berlinda, infelizmente para meu gosto), PR, PDT e PSB.
Vamos ver nos próximos dias, talvez ainda esta semana, no que vai dar.”
