O novo mapa do Distanciamento Controlado do Rio Grande do Sul, para combate ao coronavírus, divulgado no início da noite desta sexta-feira, 26, não teve mudanças para o Vale do Rio Pardo. A região de Santa Cruz do Sul manteve a bandeira laranja (risco médio).
A mudança para bandeira vermelha, que acarretaria em restrições para estabelecimentos comerciais e indústrias dos municípios, era temida por lideranças locais. Inclusive, o prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, já havia adiantado que, se houvesse a alteração, os municípios entrariam com um recurso.
Apesar da região seguir como risco médio, de forma geral, o mapa apontou uma piora na situação no estado, com nove regiões na bandeira vermelha. Na última rodada, quatro regiões estavam na bandeira vermelha: Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas. A piora nos indicadores ocorreu nas regiões de Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo.
Somente as regiões de Taquara e Bagé se encontram em bandeira amarela (risco baixo). As regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado estão em bandeira laranja (risco médio). A região de Santa Rosa, que se encontrava na bandeira amarela, mas evoluiu, nesta rodada, para a laranja.
Ao ser classificada como vermelha, a região fica por dois períodos consecutivos ou alternados dentro do prazo de 21 dias, e só pode ser reclassificada para bandeira menos restritiva depois de preencher os requisitos para tal reclassificação por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração.
De acordo com o Governo do Estado, o Decreto 55.322 permite que municípios sob bandeira vermelha sem registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de algum morador nos últimos 14 dias e que mantenham rigorosamente atualizados os registros nos sistemas oficiais poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.
Dentre os ajustes feitos no Distanciamento Controlado, o governo definiu que as regiões classificadas com cor vermelha não poderão ter regras mais brandas que as estipuladas no Decreto Estadual, nas Portarias da Saúde e nos Protocolos Segmentados.
A flexibilização disposta no Distanciamento Controlado aos municípios é permitida apenas em situações de bandeiras amarela e laranja. No caso de medidas mais restritivas, os municípios podem adotar independentemente da cor em que estiverem.
Além disso, existe uma regra que determina que regiões classificadas em bandeiras preta ou vermelha no mapa definitivo por dois períodos consecutivos ou alternados, dentro do prazo de 21 dias, precisarão de duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para que possam efetivamente obter redução no nível de risco. O objetivo deste gatilho de segurança é o de assegurar e caracterizar a efetiva melhora nas condições de uma região.
*Com informações do Governo do Estado.
